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Agronegócio

Após 1 ano e 4 meses, preço do café registra primeira queda

Preço do café cai 0,18% pela primeira vez em mais de um ano, mas segue 86% acima do valor registrado há um ano.

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O café, símbolo da cultura brasileira e presença certa em milhões de lares, registrou sua primeira queda de preço após 1 ano e 4 meses de alta. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgados pelo portal g1, apontam que o preço do café em pó caiu 0,18% entre 16 de junho e 15 de julho, em comparação com os trinta dias anteriores.

Apesar dessa leve queda, o consumidor ainda sente no bolso: o produto segue 86,5% mais caro do que há um ano. A alta acumulada reflete os impactos de problemas climáticos, variações cambiais e oscilações do mercado internacional, que vêm pressionando os preços desde o ano passado.

A expectativa do setor é de que os valores continuem a cair com o avanço da colheita. Os meses de junho e julho são considerados o auge da safra, o que normalmente ajuda a aumentar a oferta do produto e aliviar os preços no mercado interno.

Contudo, o cenário permanece incerto. Além das questões climáticas e da produção, o comércio exterior pode interferir nos preços. Um fator de preocupação para os produtores brasileiros é a decisão anunciada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretende aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, medida que pode afetar o setor cafeeiro, um dos principais itens de exportação do país.

Segundo analistas, o mercado do café é altamente sensível a movimentos externos e internos. Mesmo uma leve mudança na produção ou nos acordos comerciais pode gerar grandes impactos nos preços ao consumidor final. Por isso, especialistas recomendam cautela antes de esperar reduções expressivas no curto prazo.

Para os apaixonados pela tradicional xícara de café, a queda recente é um alento, mas o futuro do preço do grão ainda depende de uma combinação de fatores econômicos, agrícolas e políticos.

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