Abertura de vagas de trabalho nos EUA cai para menor nível em seis meses

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em novembro recuou para seu menor nível em seis meses, diante do aumento do número de infecções por Covid-19 e da falta de mais ajuda do governo, que combinados colocam em risco a recuperação econômica do país.

O Departamento do Trabalho informou nesta sexta-feira que os norte-americanos fizeram 245 mil contratações no mês passado, contra 610 mil em outubro. Essa foi menor abertura líquida desde que a recuperação dos empregos teve início em maio, e deixou o nível de emprego bem abaixo do pré-pandemia.

A previsão de economistas ouvidos pela Reuters era de abertura líquida de 469 mil postos de trabalho em novembro.

Somente as duas primeiras semanas de novembro, quando a atual onda de casos de coronavírus começou, foram incluídas no relatório.

Alguns economistas esperam emprego em dezembro ou janeiro, já que o aumento das taxas de infecção, hospitalização e mortes devem levar a novas restrições a empresas e consumidores.

Em julho, as contratações atingiram o pico de 4,781 milhões. Mas dados sobre gastos dos consumidores, indústria e serviços indicaram uma desaceleração na retomada da pior recessão desde a Grande Depressão.

Os norte-americanos estão passando uma nova onda de casos de Covid-19. Segundo levantamento da Reuters com base em dados oficiais, foram informados quase 200 mil novos casos na quarta-feira, enquanto as hospitalizações estão perto de um recorde de 100 mil.

Na quinta-feira, parlamentares conservadores no Congresso demonstraram seu suporte a um pacote bipartidário de alívio no valor de 908 bilhões de dólares, o que deu força à proposta.

Com estímulos iniciais de mais de 3 trilhões de dólares, o governo ajudou nos gastos diários de milhões de norte-americanos e na manutenção da folha de pagamento de empresas, levando a um crescimento recorde no terceiro trimestre.

Contudo, somando a pandemia e a falta de alívio fiscal adicional, a economia dos EUA pode registrar queda no primeiro trimestre de 2021.

Já o desemprego recuou 6,7%, de 6,9% em outubro, mas a taxa considera pessoas que se classificam erroneamente como “empregadas, mas ausentes do trabalho”.