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AgRural diz que plantio de soja avançou no Matopiba, mas clima coloca MT e PR em risco

Taxa de semeadura de soja no Brasil chegou a 87% da área plantada na última semana.

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O plantio de soja ganhou ritmo na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) na semana passada, ajudando a aumentar a taxa de semeadura no Brasil para 87% da área plantada, informou nesta segunda-feira a AgRural.

A irregularidade das chuvas causou um atraso inicial no plantio, que passou a avançar 6% na última semana, e agora já assemelha-se ao nível registrado em igual época do ano passado.

“Com os trabalhos virtualmente encerrados no Centro-Oeste e já nos talhões finais no Sudeste, Paraná e Rondônia, a semeadura agora segue concentrada no Matopiba, que tem ritmo mais forte que o da média histórica devido à boa umidade na região…”, afirmou a AgRural.

Também foram registrados progressos na semeadura no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o plantio continua atrasado devido às chuvas irregulares.

“A semana passada foi marcada pelo retorno muito bem-vindo das chuvas ao Rio Grande do Sul”, disse a entidade.

A AgRural também destacou que outras importantes áreas produtoras voltaram a gerar preocupações.

“No resto do país, porém, a combinação de tempo seco e temperaturas em elevação voltou a predominar, após as boas chuvas da terceira semana de novembro. Isso acendeu novamente o sinal amarelo em algumas áreas com umidade do solo mais ajustada, especialmente em Mato Grosso e no Paraná”, explicou.

“A preocupação com esse período mais seco (algo pouco usual nesta época do ano) só não é maior porque, como o plantio foi feito com atraso, a maior parte das lavouras ainda está em período vegetativo ou no início da fase reprodutiva, quando o impacto do clima desfavorável sobre o potencial produtivo é menor do que na formação de vagens e enchimento de grãos”, acrescentou a consultoria.

No momento, a AgRural mantém sua previsão da produção de soja do Brasil em recorde de 132,2 milhões de toneladas, com base em linhas de tendência de produtividade, que darão lugar a projeções com resultados do campo a partir de dezembro.

“Embora a safra 2020/21 tenha problemas gerados pela extrema irregularidade das chuvas no plantio e desenvolvimento inicial, cortes na estimativa de produtividade durante a fase vegetativa da safra não são recomendados.”

Milho

Na primeira safra de milho, 94% das áreas já foram semeadas, enquanto o clima seco registrado no Rio Grande deve impulsionar uma nova redução na projeção de safra, disse a consultoria.

“Apesar do retorno das chuvas ao Rio Grande do Sul, o Estado já tem perdas de produtividade consolidadas e deve passar por um terceiro corte na estimativa de safra que a AgRural divulgará no início de dezembro”.

Neste mês, cortes nos três Estados do Sul fizeram com que a produção do centro-sul do Brasil fosse esperada pela AgRural em 20,7 milhões de toneladas, versus 21,9 milhões em outubro e 19,7 milhões de toneladas na temporada 2019/20.

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