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Economia

Após feriado, cena externa deve continuar ditando o ritmo

Investidor segue atento ao movimento das ações do setor de tecnologia e à tensão entre os EUA e a China.

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Depois do feriado de 7 de setembro, aqui e nos Estados Unidos, os investidores voltam os olhos para as ações de tecnologia em Nova York. Na semana passada, os papéis das empresas desse setor sofreram forte queda e levaram as bolsas em Wall Street a registrarem perdas acentuadas, o que influenciou o movimento no mercado doméstico. Por aqui, a cena política vai continuar ditando o ritmo dos negócios. Às 9h10, o Ibovespa futuro registrava perda de 1,46%, aos 99.528 pontos. Nos EUA, índice futuro Dow Jones registrava queda 0,66%, aos 27.885 pontos.

A preocupação dos investidores é que o movimento seja uma “bolha” especulativa, pronta para romper a qualquer momento. Em relatório, o analista da Guide Investimentos Luis Sales, ressaltou que o valuation (valor das empresas) em patamares historicamente elevados levou os investidores a mudarem o rumo, buscando a realização de lucros e migrando para ativos que ainda têm espaço para crescer.

Por aqui, os investidores estarão atentos às discussões sobre as reformas administrativa e tributária. O Orçamento de 2021 é outro tema que continuará sendo monitorado, principalmente, porque ele precisa incorporar os pedidos do presidente Jair Bolsonaro, como o auxílio emergencial, sem romper o “teto dos gastos”.

Essas questões podem impor mais um dia de volatilidade aos negócios. Aliás, setembro pode ser marcado por esse tipo de movimento, já que é um mês mais vazio de informações de empresas, pois a maioria já reportou resultados trimestrais, o que leva o investidor a manter a atenção nas questões econômica e política.

Por conta do feriado, o Banco Central adiou para hoje o boletim Focus que mede o humor do mercado sobre os indicadores econômicos. Depois de nove semanas seguidas prevendo melhor do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, hoje os economistas revisaram para uma queda maior, de 5,31%, ante 5,28% na semana anterior. Para a inflação, houve um aumento de 1,77% para 1,78% – a quarta alta seguida.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Disponibilizada Interna (IGP-DI) registrou alta em agosto de 3,87%, ante avanço de 2,34% em julho. Com isso, o resultado acumulado no ano sobe para 11,13% e, em 12 meses, ficou em 15,23%,

No exterior, a tensão entre EUA e China continua. O presidente Donald Trump afirmou que reduzirá fortemente os laços econômicos entre os dois países. Disse ainda que poderá punir empresas norte-americanas que criarem empregos no exterior e proibir as que têm transações comerciais na China de realizar negócios com o governo dos EUA.

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