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Economia

Aumento real do salário mínimo poderia gerar milhões de demissões, afirma Guedes

Proposta encaminhada pela pasta econômica do governo estipula piso nacional de R$ 1.067 em 2021.

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Nesta terça-feira, 1, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs que o salário mínimo 2021 não possua aumento real, no argumento de que um reajuste do piso além da inflação poderia acarretar em milhões de demissões. Em proposta orçamentária, destinada ao Congresso, o governo projetou um salário mínimo de R$ 1.067 no próximo ano, representando R$ 22 a mais do que o piso recente, de R$ 1.045.

A atualização apenas repõem a projeção de inflação para este ano, de 2,09%. A princípio, a União estimava que o salário mínimo subisse para R$ 1.079 no ano que vem. O governo também já sinalizou que deve anunciar uma nova política de reajuste salarial. Desse modo, os reajustes serão feitos apenas em cima da inflação, conforme a previsão constitucional de que as quantias possam assegurar a permanência do poder aquisitivo dos trabalhadores.

“Hoje, se você der um aumento de salário mínimo, vão ter no mínimo milhares e talvez milhões de pessoas que vão ser demitidas. Você está no meio de uma crise de emprego terrível, todo mundo desempregado, você dar um aumento de salário, vai condenar as pessoas ao desemprego. Nós estamos atentos a isso, mas nós temos que ter cuidado para a hora que você tem que fazer esse tipo de ajuste”, afirmou Guedes.

A deliberação da pasta se deve ao controle das contas públicas. De acordo com o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, a cada R$ 1 de reajuste do salário, há um impacto fiscal de R$ 355 milhões. Isso em função dos benefícios sociais e previdenciários vinculados ao piso, como por exemplo, as aposentadorias e abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e Pasep.

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