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Auxílio emergencial: pagamento pela Caixa faz banco ter mais força em sociedade com BB e Bradesco na Elo

Revisão das fatias de cada sócio da bandeira Elo pode ser influenciada pelo pagamento do auxílio emergencial.

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Três grandes bancos brasileiros estão disputando fatias de participação nos cartões de crédito e de débito Elo. O principal motivo do conflito é o auxílio emergencial. Os três sócios da Elo Serviços Financeiros S.A. são a Caixa, Bradesco e Banco do Brasil.

Quando foi criada, a bandeira Elo se dividiu em três partes igual: a Caixa ficou com 33,335%, e uma fatia de 66,665% ficou com a Elopar, uma empresa formada pelo Banco do Brasil (49,99%) e Bradesco (50,01%). Porém, na criação, também foi definida uma regra: a cada quatro anos, as participações de cada sócio seriam revistas.

Dessa forma, quem trabalhasse mais pela bandeira Elo ganharia mais fatias da empresa como prêmio. No exercício de 2019 (mais recente), a sociedade apresentou lucro líquido de R$ 419,3 milhões, ganho 172% maior que o de 2018.

Os sócios não revelam exatamente quais critérios são utilizados para decidir quem está ajudando mais a bandeira. Porém, de acordo com o UOL, os principais fatores são quantidades de novos cartões emitidos e volume de dinheiro movimento por base de clientes que usa essa marca.

Nesse sentido, a Caixa vem se destacando. O banco aumentou sua fatia, em março de 2018, a 36,9% da Elo. Dessa forma, em sete anos, ganhou 3,5 pontos percentuais da empresa. No mesmo ano, em dezembro, o Bradesco colocou mais dinheiro no negócio e comprou 6,142% da Elo. Contudo, a Caixa ainda ficou com quase 37% da operação.

A terceira rodada de revisão das fatias acontece neste ano. Em março, os três sócios irão se reunir para contabilizar qual deles está gerando mais negócios para a bandeira. Porém, a pandemia do novo coronavírus também pode influenciar na divisão, afinal, o governo usou a Caixa como principal banco para pagamento do auxílio emergencial.

A bandeira Elo foi utilizada pela Caixa para emitir dezenas de milhões de contas digitais, além de milhões de cartões. Isso significa que o desempenho da instituição financeira pode render fatias maiores.

Banco do Brasil e Bradesco ainda querem discutir os critérios para avaliar se essas operações feitas pela Caixa deveriam entrar ou não na conta.

Os bancos não quiseram comentar sobre o assunto.

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