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Economia

Balanços dos EUA; Fed e auxílio ‘fora do teto’ pautam Ibovespa da quarta

Bancos ianques no positivo; pistas do tapering pelo BC americano e ‘maracutaia’ fiscal pesam em cotações

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Com os índices futuros americanos operando próximo da estabilidade, a sessão dessa quarta-feira (20) ainda deve refletir os bons números da temporada de balanços dos bancos dos EUA, a exemplo do desempenho positivo, ontem (19), do S&P (+0,74%), o Dow Jones (+0,56%) e o Nasdaq (+0,71%), na quinta alta consecutiva da trinca de índices.

Termômetro dos EUA – Em que pese a aversão à crise energética-inflação e surto pandêmico localizado no planeta, o mercado acompanha, logo cedo, a divulgação do índice de compras pela Associação dos Banqueiros Hipotecários (MBA na sigla em inglês), a respeito dos pedidos de hipotecas e de refinanciamento hipotecário, que serve de termômetro do estado de saúde da economia ianque, a maior do mundo.

Inflação persistente – Relatório da maior gestora mundial de ativos, a BlackRock avalia que “os mercados temem a persistência de alta inflacionária por mais tempo, afetando o esforço mundial de recuperação econômica”.

Estoque sobe – Na agenda internacional, destaque para a divulgação de dados, no final da manhã de hoje (20), sobre estoques de petróleo – previsão de acréscimo de 1,857 milhão de barris – pela Energy Information Administration (EIA), que também fornecerá informações sobre as atividades das refinarias e importações da commodity.

‘Timing’ do tapering – No início da tarde, é a vez do membro do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed) – banco central estadunidense – Randal Quarles, fazer seu discurso, seguido, às 15h, da divulgação do Livro Bege do Fed, que pode confirmar o ‘timing’ do tapering – retirada gradual da ‘injeção monetária’ mensal de US$ 120 bilhões no mercado pela autoridade monetária – cujo início está previsto para novembro próximo.

Fluxo cambial – Além de aguardar os números relativos ao fluxo cambial estrangeiro pelo Banco Central (BC) nessa quarta (20), o mercado aqui observa os movimentos da autarquia, que prometeu, no começo da semana, realizar um leilão de oferta de US$ 500 milhões, a princípio, para aliviar a pressão inflacionária decorrente da desvalorização do real.

Votação dos precatórios – Na agenda econômica, o investidor acompanha, ainda, a esperada votação hoje (20) da PEC dos Precatórios no Senado, depois que o relator da reforma do IR, senador Angelo Coronel (PSD-BA) foi taxativo em garantir a supressão, no texto em tramitação, da parte que taxa em 15% os dividendos. “Tributação de lucros e dividendos? Isso aí está fora, jamais”, assegurou, em “live” promovida pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa).

Calote a prazo – Pelo acordo costurado pelos parlamentares, o Executivo se comprometeu a quitar R$ 39 bilhões dos precatórios, no ano que vem, mas deixou em aberto o que fará com a maior parte do montante devido desses títulos judiciais (R$ 51 bilhões), omissão interpretada como calote pelo mercado.

Programa eleitoral – Ao mesmo tempo, a percepção de risco fiscal continua em ascensão, por conta da sôfrega tentativa do Palácio do Planalto de emplacar, à revelia do pilar da responsabilidade fiscal, seu programa social, o eleito Auxílio Brasil, turbinado a R$ 400 para 2022, ano do pleito, é claro. Agora, a ideia do Executivo, com a concordância do desgastado ministro da Economia, Paulo Guedes, seria dividir o benefício emergencial eleitoral em duas parcelas complementares, uma dentro e outra fora do teto de gastos.

Fragilidade política – Sinal de fragilidade política e açodamento que são sua marca, o governo foi obrigado a abortar, de última hora, o anúncio, nessa terça (19), da ampliação, para R$ 400, do benefício emergencial, justamente por estar fora do teto que este deseja ‘furar’, acirrando a percepção de risco fiscal pelo mercado. No final das contas, a extensão, temporária, do benefício custaria ao contribuinte mais R$ 50 bilhões, dos quais, R$ 30 bilhões ficariam fora do teto.

Ásia mista – Na Ásia, as bolsas locais exibiram desempenhos mistos, depois que o Banco Popular da China anunciou que pretende manter inalterada, em 3,85%, a taxa referencial de juros, com vencimento em um ano; e a de cinco anos, em 4,65%. Em ambos os casos, os patamares mantidos pela instituição estão ‘em linha’ com a expectativa de analistas consultados pela agência de notícias britânica Reuters.

Negociações fracas – Já no Velho Continente, influenciadas por negociações globais de overnight ‘frágeis’, as bolsas europeias operaram na estabilidade, como a mostrada pelo índice Stoxx 600 – que reúne as ações de 600 empresas de 17 países – que sofreu influência negativa dos papéis do varejo, mas positivo do setor de alimentos e bebidas.

Bitcoin ‘decola’ – Na área dos commodities, enquanto o preço do barril de petróleo recua, o do minério de ferro avança. No terreno cripto, destaque para a decolagem do Bitcoin, que ontem (19) atingiu seu patamar mais elevado, como reflexo do início da negociação do primeiro fundo de índice (ETF na sigla em inglês) dos Estados Unidos ligado à moeda digital.

Principais indicadores  

Estados Unidos

Dow Jones Futuro (EUA), estável
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,03%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,03%
*Dax (Alemanha), +0,1%
*CAC 40 (França), -0,06%
*FTSE MIB (Itália), +0,42%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,14% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,17% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +1,35% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,53% (fechado)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, -1,05%, a US$ 82,09 o barril
*Petróleo Brent, -1,06%, a US$ 84,18 o barril
*Bitcoin, +2,77% a US$ 63.918,91
*Sobre o minério de ferro: **O minério negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,5%, a 710 iuanes, o equivalente a US$ 111,01.
USD/CNY = 6,40

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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