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Cargill recebe aprovação do Cade para investir em “software verde”

Cargill International passará a ter 19,5% do capital social da Zero North, controlada pela Maersk Tankers.

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A Cargill teve o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para um acordo de investimento com uma empresa de software “ambientalmente correto” que visa diminuir emissões de CO2 e aperfeiçoar embarques transoceânicos.

O órgão brasileiro de defesa da concorrência aprovou o negócio entre o grupo de commodities agrícolas e uma controlada da Maersk Tankers (MT) sem restrições, segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

Segundo informações passadas ao Cade, a Zero North, controlada pela Maersk Tankers, é responsável pela plataforma “Optimze”, para otimização de consumo de combustível e aumento de eficiência operacional tendo como objetivo o corte de custos e de emissões de carbono.

A Cargill International passará a ter 19,5% do capital social da Zero North, em transição cujos valores não foram divulgados.

“O pretendido negócio representa para a Cargill uma oportunidade de investimento em um software ecologicamente correto para reduzir as emissões de CO2 e otimizar remessas transoceânicas. Isto se alinha à política da empresa, que busca constantemente implementar, de forma ativa, mudanças para atingir a meta de redução de carbono da International Maritime Organization (IMO)”, explicou o Cade.

Contudo, a operação permite à Maersk Tankers e sua controlada compartilhar riscos e ainda se aliar à experiência da Cargill em fretes e comércio, acrescentou o órgão antitruste.

O software antes conhecido como “SimBunker” e desejado pela Cargill é uma plataforma integrada com base em modelo de “software como serviço” para operadores e proprietários de embarcações transoceânicas.

“A plataforma oferece um sistema de monitoramento que, com base em diferentes fatores, tais como clima, desempenho da embarcação, etc., mantém o operador informado quanto à velocidade ideal a ser desenvolvida, visando uma otimização do consumo de combustível, com o objetivo de ampliar a eficiência operacional, diminuindo custos e reduzindo as emissões de CO2”, acrescentou o Cade.

O órgão brasileiro de defesa da concorrência entendeu que, pelo acordo de investimentos, a Cargill teria acesso não-exclusivo ao software, ao passo que outras 15 empresas oferecem aplicativos rivais, livrando a transição de impactos sobre a concorrência.

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