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Economia

Conta de luz: Bolsonaro quer a volta da ‘bandeira normal’ em novembro

Bandeira da escassez hídrica entrou em vigor no começo de setembro e trouxe um aumento de quase 50% fatura energética.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou nesta quinta-feira, 14, que determinará ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o fim da aplicação da bandeira de escassez hídrica a partir do mês de novembro. A tarifa entrou em vigor no começo de setembro e trouxe um aumento de quase 50% na conta de luz em comparação a bandeira vermelha 2.

Leia mais: Bolsonaro confirma que “é possível, sim, termos desabastecimento”

“Dói a gente autorizar o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, a decretar a bandeira vermelha, dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir a ele… Pedir não, determinar que volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, declarou o presidente.

De acordo com o mandatário, as recentes chuvas ajudaram a evitar um colapso no setor energético. Durante evento religioso em Brasília, Bolsonaro agradeceu a Deus pelo bom tempo. “Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva, estávamos na eminência de um colapso e não podíamos transmitir pânico à sociedade”, disse.

Chuvas ainda não resolvem problema

Apesar das declarações de Bolsonaro, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Ciocchi, informou que o volume de chuvas dos últimos dias foi positivo, porém não soluciona os problemas de escassez hídrica.

“Essa chuva vem em boa hora, mas não resolve o problema. É muito cedo para ter a real percepção da estação chuvosa”, explicou ele durante evento. “Tendo uma situação mais confortável, as termoelétricas mais caras podem sair, mas a mobilização deve continuar. Ao término desta estação chuvosa vamos avaliar”, completou.

Vale destacar que, quanto anunciada, a bandeira de escassez hídrica estava prevista para durar até o dia 30 de abril de 2022. Além disso, Bento Albuquerque, no mês passado, havia declarado que não existia estimativa para o fim da cobrança da taxa extra.

“Não há data determinada para isso terminar. Nós trabalhamos com planejamento, metodologia, mas estamos vivendo uma crise hídrica que mês a mês as afluentes são menores, e isso tira a previsibilidade de quando essa crise vai acabar”, declarou o executivo durante entrevista à RedeTV.

As bandeiras tarifárias mais caras tem o objetivo de subsidiar o uso das usinas termelétricas, cujo custo de fornecimento é mais alto. Sua utilização se dá em razão da seca, que acaba reduzindo os reservatórios das hidrelétricas e afetando na produção de energia. Atualmente, o país vive sua pior crise hídrica dos últimos 90 anos.

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