Cotações do milho devem se manter elevadas com a confirmação do fenômeno La Niña

Embora poucos negócios tenham sido fechados ao final do ano, a confirmação do fenômeno La Niña em 2022 deve manter os preços do milho em alta. No primeiro semestre do ano, fenômenos climáticos reduziram a disponibilidade de água no sul do país, o que impactará negativamente a produtividade da primeira safra de milho.

Com isso, a redução dos estoques de milho deve permanecer baixa no primeiro semestre de 2022 devido às perdas em 2021, mesmo sendo a primeira safra e os preços estarem elevados.

Apesar dos relatos de problemas climáticos, os preços de cotações de milho Futuro para entrega em janeiro de 2022 continuam caindo. Entretanto, os contratos que vencem em março continuam se valorizando.

De acordo com a nova revisão da Conab, a produção 2021/22 deve ser de 117,2 milhões de toneladas, mas é esperada uma redução. Após a alteração da previsão de exportação de milho para 19,2 milhões de toneladas, os estoques de passagem para esta safra foram ajustados para 8,8 milhões de toneladas.

Devido à menor oferta de milho para a indústria alimentícia, as importações registraram alta em novembro. Cerca de 2,4 milhões de toneladas de milho foram exportadas no mês, registrando uma queda de 29%.

Além disso, a menor disponibilidade hídrica em 2021 resultou em menor disponibilidade de milho e consequentemente em uma quebra de safra. A confirmação de problemas climáticos na América do Sul em 2021 e a redução dos estoques de etanol de milho nos EUA favoreceram a alta nas cotações internacionais.