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Economia

Criação de vagas de trabalho nos EUA desacelera mais que o esperado em setembro

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O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira que a criação de vagas de trabalho no país perdeu mais fôlego do que o previsto em setembro, na esteira da desaceleração da recuperação econômica em meio à redução da ajuda fiscal do governo e a uma pandemia persistente, o que aumenta as chances de desemprego permanente.

Foram abertos somente 661 mil postos de trabalho no mês passado, contra 1,489 milhão em agosto, e frente ao pico de 4,781 milhões em julho, mostrou o último relatório mensal de emprego que antes da eleição presidencial no país.

A expectativa dos economistas ouvidos pela Reuters era de criação de 850 mil vagas no mês.

Em setembro, a taxa de desemprego recuou para 7,9% em setembro, de 8,4% em agosto. A taxa tem sido influenciada pelas pessoas que classificam a si mesmas erroneamente como “empregadas mas ausentes do trabalho”, afastando-a da máxima de 14,7% em abril.

Com impacto econômico da pandemia se destacando entre as questões na disputa pela presidência dos EUA, fica claro que os resultados divulgados nesta sexta-feira se tornarão uma arma política.

O presidente Donald Trump provavelmente irá considerar o quinto mês seguido de aumento de empregos como um indício de avanço para uma economia que está em recessão desde fevereiro.

Por outro lado, o ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden, seu rival democrata, disse que a turbulência econômica é resultado abordagem da Casa Branca diante da pandemia, que já matou mais de 200 mil pessoas e infectou mais de 7 milhões no país.

De qualquer forma, a abertura de vagas no mês passado foi a menor desde maio, quando a recuperação do emprego começou, e sinaliza um quarto trimestre com menor crescimento já que o mercado de trabalho se distanciou ainda mais da recuperação dos 22,2 milhões de empregos perdidos no começo da pandemia.

“A recuperação continua, mas em um ritmo mais lento em parte porque o estímulo do governo diminuiu significativamente”, disse p professor de finanças e economia da Loyola Marymount University, Sung Won Sohn.

“Estamos vendo mais reduções de pessoal e falências e, até que o próximo governo chegue com mais apoio, não ficaria surpreso em ver um novo declínio no emprego ao final do ano”, acrescentou,

Nesta sexta-feira, Trump anunciou em seu Twitter que ele e a primeira-dama Melania testaram positivo para a Covid-19.

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