Automobilística
Crise pega em cheio: montadora tem prejuízo bilionário histórico
A empresa enfrenta perdas bilionárias e passa por uma reestruturação para se adaptar ao mercado automotivo em transformação.
Desde abril do último ano fiscal, a Nissan, uma das maiores montadoras do mundo, vem enfrentando um cenário econômico delicado. A empresa registrou perdas superiores a US$ 5,3 bilhões — um número nove vezes maior do que o projetado. O resultado negativo, considerado histórico, acendeu um alerta na indústria e culminou na saída do então CEO, Makoto Uchida.
Além dos prejuízos, a Nissan também viu suas projeções para 2024 despencarem. A companhia passou a adotar medidas urgentes de contenção e reestruturação, incluindo a nomeação de Iván Espinosa como novo presidente-executivo. Ao lado dele, um plano de recuperação foi colocado em prática, com um custo estimado de US$ 421 milhões.
Nissan em reestruturação

Para enfrentar o momento, a montadora tem apostado na redução de inventário e corte de gastos, mesmo mantendo uma reserva de US$ 23,8 bilhões em caixa e ativos. Contudo, há outros desafios no horizonte. Um novo imposto de 25% sobre veículos importados nos Estados Unidos — uma medida cogitada por Donald Trump — pode afetar diretamente os negócios da Nissan no país.
O novo cenário reforça a urgência de adaptação, sobretudo diante de uma concorrência cada vez mais voltada para a eletrificação e inovação. Além disso, a empresa busca fortalecer alianças estratégicas para acelerar sua resposta ao mercado. A velocidade na tomada de decisões será essencial para evitar novos prejuízos e recuperar a confiança de investidores e consumidores.
Apesar dos desafios, a Nissan mantém uma posição financeira sólida, com ¥1,5 trilhão (US$ 10,5 bilhões) em caixa líquido e ¥3,4 trilhões (US$ 24 bilhões) em liquidez total.
Um mercado em transformação
A crise da Nissan é um reflexo das transformações pelas quais o setor automotivo vem passando. Montadoras em todo o mundo estão direcionando investimentos para carros elétricos, conectividade veicular e soluções sustentáveis. Além de reduzir a emissão de poluentes, essas inovações atendem a uma demanda crescente por eficiência energética e autonomia tecnológica.
O futuro do setor dependerá da capacidade das empresas em antecipar tendências, inovar de forma ágil e, sobretudo, se manterem resilientes em tempos de incerteza.
Para a Nissan, o desafio não é apenas contornar a crise, mas também se reposicionar como referência em um mercado cada vez mais competitivo, exigente e guiado por soluções sustentáveis e digitais.
*Com informações de Infobae

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