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Deixar o Celular Carregando à Noite: Perigo ou Mito?

Pesquisa de professor da Universidade de Cambridge esclarece consequências geradas pela prática de deixar o telefone “dormindo” na recarga

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Uma prática comum, entre usuários de smartphones, é deixar o celular carregando durante à noite de sono para que, ao amanhecer, ele esteja 100% novamente. Esse hábito, no entanto, é passível de uma série de observações.

Você já se perguntou, por exemplo, sobre o quanto de energia é consumida? Considerando que a maioria dos aparelhos demora uma média de 2h para carregar totalmente, não seria um desperdício?

O professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, David MacKay, decidiu estudar sobre o assunto e chegou a respostas definitivas que podem nos ajudar a entender melhor as consequências dessa prática.

A pesquisa

Além de MacKay avaliar os prejuízos financeiros, ele também procurou explicações sobre o quanto é prejudicial deixar o carregador do celular conectado à energia o tempo todo.

O professor considerou, por exemplo, o caso de pessoas que não retiram o equipamento da tomada, mesmo após a finalização da recarga.

Outra questão respondida por ele foi em relação ao impacto gerado para o aparelho pelo excesso de tempo que ele fica conectado ao carregador. Vale lembrar de casos de smartphones que, simplesmente, explodiram nessa condição.

Resposta sem rodeios

O professor da Universidade de Cambridge iniciou as respostas de maneira bem direta. A primeira foi em relação aos efeitos da prática de deixar o carregador conectado à energia, mesmo sem o telefone.

Desligar obsessivamente o carregador é como socorrer o Titanic com uma colher de chá. Desligue-o, mas tenha ciência de quão pequeno esse gesto é“, comparou MacKay.

No caso de um aparelho que vira à noite sendo carregado, pode ser que a situação mude um pouco. O consumo de energia aumenta e não seria motivo para preocupação, exceto se várias pessoas façam o mesmo numa mesma residência.

Impacto no bolso

Se o carregador ficar conectado após atingir 100% de carga, quando ele consome aproximadamente 2,4 W, o montante depois de um ano não deve ultrapassar US$ 5,30 – algo em torno de R$ 27,50.

Seria um valor irrisório, pensando individualmente. Multiplique, porém, essa previsão pelo total de pessoas que moram na mesma casa. Pode ser que se tenha um valor considerável.

Tem risco de explosão?

O professor avaliou, ainda, o risco de o aparelho explodir quando conectado à tomada por tempo indeterminado. Segundo ele, a chance é muito pequena.

Conforme o estudo feito por MacKay, os aparelhos e carregadores modernos cortam parte considerável da eletricidade que corre entre os dispositivos depois que a carga chega a 100%.

Vida útil

Em relação aos prejuízos para a vida útil da bateria, é bom lembrar que o chamado “efeito memória” já não existe mais no caso das baterias de íon de lítio.

Todos os componentes (carregadores e baterias) têm um tempo de vida que pode, claro, ser diminuído se eles ficarem conectados.

Para isso acontecer, no entanto, ele precisa de um período de conexão que é maior do que o tempo que, geralmente, um aparelho celular fica com uma pessoa. Ou seja: é uma questão de anos.

Solução

Apesar do baixo impacto, não podemos ignorar que a prática de deixar o smartphone carregando a noite toda não é nada sustentável.

Uma solução para isso, no entanto, está avançando no mercado e vale a pena ficar de olho. Trata-se do carregamento rápido, recurso que já faz parte dos aparelhos novos e que promete acabar com as longas horas de conexão ao carregador.

Alguns atingem a carga de 50% em questão de minutos. Se as fabricantes avançarem, nesse sentido, pode ser que o hábito de carregar o celular durante a noite de sono nem exista mais, em futuro próximo.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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