Dividendos: Ministro volta a defender tributação para reduzir impostos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a tributação dos dividendos na última quarta-feira (7) em uma audiência na Câmara dos Deputados.

O objetivo dele é, por meio desse movimento, reduzir os impostos para empresas e trabalhadores.

Na prática, significa dizer que a equipe econômica pretende trocar uma fonte de arrecadação por outro. Ou seja, visa desafogar pessoas e organizações tributando uma renda proveniente de investimentos.

A medida consta do texto-base da reforma tributária, que está em análise no Congresso Nacional.

Guedes destaca que por ser um país de baixa renda, com 75% dos trabalhadores recebendo R$ 1,5 mil por mês, a iniciativa beneficiaria esse contingente de brasileiros.

Dividendos

Aos congressistas, o ministro foi enfático ao dizer que não adianta “jogar” impostos em cima de “30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa, enquanto do outro lado 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões em dividendos e tiveram isenção de R$ 50, R$ 60 bilhões”.

Na perspectiva da equipe econômica, trata-se de uma desoneração do assalariado. Esse movimento promoverá, segundo Guedes, deduções e subsídios para que, assim, tudo o que foi pago pelo acionista, depois que o dinheiro saiu da empresa, seja devolvido às empresas.

“Nas empresas é onde acontece o milagre da produtividade, onde tem tecnologia, capital, organização institucional, onde sobem os salários e a produtividade do trabalhador”, disse.

O ministro havia sido inicialmente convocado pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre divergências em dados da Previdência apontadas por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), mas acabou em sua exposição inicial discorrendo principalmente sobre a atuação do governo na pandemia.