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Dólar opera em queda contra real com auxílio fiscal e dados sobre desemprego nos EUA

Às 10:36, a moeda norte-americana caía 0,60%, a 5,5825 reais na venda.

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O dólar caía ante o real nesta quinta-feira após dados melhores do que o previsto sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA despertarem a disposição a risco nos mercados, enquanto um projeto de lei para pacote de estímulo fiscal no país arrastava-se para mais um dia de negociações.

Às 10:36, a moeda norte-americana caía 0,60%, a 5,5825 reais na venda, ao passo o dólar futuro de maior liquidez recuava 0,43%, a 5,587 reais. No começo da manhã, a divisa à vista chegou a 5,627 reais na máxima até o momento.

Às 9h30, o Departamento do Trabalho dos EUA comunicou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país ficaram em 787 mil na semana passada, nível inferior à previsão de 860 mil, ajudando na queda do dólar.

Essa leitura vem num momento de grandes dúvidas sobre o futuro da maior economia do mundo, uma vez que a Casa Branca e o Congresso dos EUA seguem sem um acordo para um novo pacote de apoio fiscal, com a proximidade das eleições norte-americanas de 3 de novembro representando um prazo extremamente apertado para as negociações.

Nesta semana, sinais de progresso nas conversas forneceram algum alívio a divisas arriscadas, principalmente com a visão de que uma vitória democrata nas eleições significaria mais auxílio federal.

A presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta quinta-feira que os negociadores estavam fazendo progresso nas conversas em andamento com o governo Trump sobre o pacote e que a legislação poderia ser elaborada “em breve”.

O comentário veio após as negociações terem sofrido um revés na quarta-feira quando Donald Trump acusou os democratas de não estarem dispostos a fazer um acordo aceitável.

“O dólar vem se enfraquecendo globalmente, especialmente nessa última semana, por chances de uma vitória de Joe Biden, um candidato mais fiscal, e isso exige moeda mais depreciada”, disse o especialista Thomás Gibertoni, da Portofino Multi Family Office.

“Agora é acompanhar se o pacote fiscal vai sair nos Estados Unidos, o que deve enfraquecer o dólar”, acrescentou.

Na cena brasileira, as preocupações sobre as contas públicas continuam no foco dos investidores, que querem sinais sobre como o governo financiaria seu programa de assistência social sem furar o teto de gastos.

De acordo com Gibertoni, nessa situação o “real fica atrás de outras moedas emergentes”.

“O Brasil não consegue se aproveitar (do apetite por risco) por conta do risco fiscal que ainda está na mesa, e o mercado aguarda definições que provavelmente ficarão para depois das eleições”, disse.

Em outubro, o dólar acumulou perda discreta de cerca de 0,52% contra o real, enquanto caiu mais de 5% contra o peso mexicano, um dos principais pares da divisa brasileira.

No acumulado do ano, a moeda norte-americana já dispara quase 40% contra o real.

Na véspera,  o dólar vendido mercado interbancário teve variação subiu 0,09%, a 5,6163 reais na venda.

Nesta quinta-feira, o Banco Central fará um leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos que vencem em abril e julho 2021.

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