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Economia

Entenda quanto é necessário poupar para cursar a faculdade dos sonhos

Valores vão de R$ 3 mil até mais de R$ 360 mil, a depender do curso e tempo de duração.

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Planejamento Financeiro para Educação

Cursar uma faculdade é o sonho de muitas pessoas, uma meta de realização pessoal e profissional. No entanto, é um investimento de tempo e dinheiro, o que exige planejamento. “Sugerimos fazer um curso de autoconhecimento ou um curso para definir a carreira. Pensar qual é o seu sonho grande, o que você quer fazer no futuro, e como planejar o passo a passo para alcançar esse sonho profissional”, aconselha a responsável pelo programa de líderes da Fundação Estudar, Juliana Kagami.

Feito isso, é preciso calcular uma média de quanto custa este objetivo. Em síntese, os valores vão de R$ 3 mil até mais de R$ 360 mil, a depender do curso e tempo de duração. Também, é necessário considerar outras despesas, como taxas de matrícula, mensalidade, livros, cópias, materiais de estudo, alimentação, moradia, transporte, roupas, internet, telefonia e até lazer. 

De modo geral, a estimativa de custos dos cursos estão elencadas da seguinte forma:

Tipos de cursos Valores de mensalidade Custo total (em média)
Cursos à distância (EAD) R$ 250 – R$ 400 R$ 3 mil – R$ 6 mil
Cursos tecnólogos presenciais (2 a 3 anos) R$ 300 – R$ 500 R$ 5 mil – R$ 9 mil
Cursos presenciais de bacharelado  R$ 700 – R$ 1,2 mil R$ 9 mil – R$ 18 mil
Cursos mais caros e longos (medicina) R$ 5 mil A partir de R$ 360 mil 

“Dependendo do tipo de curso, você vai precisar de mais rigor para planejar esse projeto. Vai depender do contexto de renda, se o estudante já trabalha, se a família tem dinheiro”, ressalta a fundadora da Splendys Planejamento Financeiro Pessoal, Eliane Tanabe. 

Portanto, a organização para bancar o sonho da faculdade pode vir desde o ensino médio. Poupando o mínimo de R$ 200 ao mês, do 1º ao 3º ano, o estudante chegará com quase 50% do total da faculdade. Também, é possível trabalhar durante o dia e estudar à noite, para arcar com as despesas dos estudos. Se a instituição de ensino permitir, você pode fazer estágio, trabalho de férias e até mesmo os famosos “bicos” para juntar recursos.

É importante fazer o seu orçamento para ter ciência de quanto ganha e gasta, inserindo nos itens o boleto de faculdade. A prática deve ser mantida para o resto da vida. Outro fato necessário é avaliar onde pode economizar e controlar os gastos. Assim, de modo geral, a checklist é pesquisar as alternativas de cursos; analisar as opções de bolsa, financiamento e pagamento; listar o que será necessário para pagar os estudos; começar com as economias; e ter preparo psicológico. 

Após conquistar o passo mais difícil, o de guardar dinheiro, é preciso avaliar como investir. Nesse caso, as aplicações conservadoras são as mais recomendadas. A planejadora financeira Eliane Tanabe aconselha investir em poupança, Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Tesouro Direto. “Sugiro sempre produtos mais conservadores, porque são recursos necessários que devem estar disponíveis para o estudante pagar o que precisa num plano de até cinco anos. É melhor evitar riscos para não perder esses recursos”, afirma.

Já para as quantias no prazo de um ano, é aconselhável manter em aplicações com mais liquidez. “Pode ser uma poupança, um fundo DI, produtos que gerem a possibilidade de utilizar o recurso imediatamente, mas onde o saldo sempre ficar rendendo um pouco”, acrescenta a especialista. E aos demais recursos, Eliane sugere “opções conservadoras, mas de médio e longo prazo”. “Títulos privados, LCI, LCA, títulos públicos e alguns fundos de investimentos mais conservadores, produtos atrelados à inflação”, finaliza.

Sabemos que cursar uma faculdade demanda tempo e dinheiro, mas é um diferencial, especialmente no Brasil. “Ter esse diploma faz diferença no mercado de trabalho. O que a gente vê em termos de resultado: quem sai da faculdade tem um aumento significativo no leque de oportunidades profissionais, consequentemente de renda, e na vida da pessoa e da família. Ao mesmo tempo, acaba tendo melhor exposição ao risco em crises como a que estamos vivendo hoje”, frisa a diretora de Planejamento e Desenvolvimento de Produto Acadêmico da Kroton, Thais de Jesus.

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