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Exterior negativo e batalha entre poderes no país moldam Ibovespa

Além de inflação em alta, Brasil agora enfrenta agravamento da crise hídrica

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Crédito: Poder360

Recuo do emprego e inflação em alta nos Estados Unidos (EUA); novas investidas regulatórias do governo chinês, desta vez, sobre o setor de videogames do país asiático, além do mau humor do ‘velho continente’ em relação à divulgação da política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE).

Escalada de tensão – Além desse cenário externo adverso, a escalada da tensão político-institucional-eleitoreira envolvendo os três poderes (que ‘empaca’ a agenda econômica do país, vide reforma do IR e precatórios) deve ‘contaminar’ o movimento dos negócios dessa quinta-feira (9) do Ibovespa, que ainda tenta se recuperar do ‘tombo’ de 3,78% da véspera.

Crise hídrica – Já o quadro interno, formado pelo agravamento da crise hídrica, inflação crescente e sem controle, além de PIB em queda e juros em decolagem, contará com a divulgação, pelo IBGE, da inflação de agosto, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), com previsão de alta de 0,71% (Refinitiv), se comparado ao mês anterior, e de 9,5%, ante agosto de 2020. Mesmo que o percentual seja inferior a julho passado, o viés, segundo o instituto, continua a ser de alta.

Além da meta – Também contribui para tornar mais tenso o ambiente de negócios a declaração, na quarta (8), do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de que “o núcleo da inflação está muito mais alto do que a autoridade monetária gostaria”, atribuindo aos ‘agentes econômicos’ o ‘descasamento’ entre as expectativas do mercado e do BC sobre a inflação, pois estes projetariam sempre um IPCA mais alto. Ao mesmo tempo, Neto admitiu que as projeções de alta de preços já atingem 2022.

Inflação avança – Na quarta (8), o Boletim Focus – resultante de consulta a mais de 100 instituições do mercado – havia projetado uma ‘piora’ da inflação, agora estimada em 7,58% para 2021 e de 3,98%, no próximo, ao passo que o centro da meta oficial, este ano, seria de 3,75% e de 3,50%, para 2022. Como argumento para essa trajetória, o comandante da moeda nacional deu uma explicação enigmática para o drama real, no bolso do brasileiro:

BC ‘sábio’ – “Com autonomia, vamos fazer o trabalho com os instrumentos de que dispomos, mas precisamos nos certificar de que vamos comunicar isso com sabedoria”, afirmou, ao comentar a súbita disparada de preços na economia, turbinada pela crise hídrica e o avanço das commodities. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível médio de água nos principais reservatórios está atualmente abaixo de 20%. Quando este nível cai para próximo de 10%, a recomendação é de que as usinas sejam desligadas.

Fux ataca – No noticiário político, chamam a atenção os próximos movimentos do presidente da Corte, Luiz Fux, que acena enquadrar o boquirroto presidente em crime de responsabilidade, ‘por descumprir decisões judiciais’, além dos ataques desferidos, pelo mandatário, contra seu dileto colega, o polêmico Alexandre de Moraes, e sua noção única do que seja liberdade. Como se não bastasse, a ameaça de paralisação das principais estradas brasileiras pelos caminhoneiros, por suposto incentivo presidencial, também contribuiu para ampliar ainda mais o temor do investidor.

Queda amarela – Como reflexo do mau momento do mercado, as bolsas asiáticas operam em queda, com o índice Hang Seng, de Hong Kong recuando 2,3%; o Shanghai composto subindo apenas 0,49%, ao passo que no Japão, o índice Nikkei perdeu 0,57% e o o Kospi, da Coreia do Sul, caiu 1,53%.

Lazer ajuda – Na Europa, o índice Stoxx 600 – composto pelas ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus – retraiu 0,4%, puxado pelo mau desempenho das ações dos setores de viagem e lazer, sem contar a expectativa do anúncio dos dados do BCE sobre inflação, juros e redução do programa de recompra de títulos pela instituição.

Principais Indicadores

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,24%

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,25%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,21%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), -1,13%

*Dax (Alemanha), -0,16%

*CAC 40 (França), -0,32%

*FTSE MIB (Itália), -0,31%

Ásia

*Nikkei (Japão), -0,57% (fechado)

*Shanghai SE (China), +0,49% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -2,3% (fechado)

*Kospi (Coreia do Sul), -1,53% (fechado)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, +0,07%, a US$ 69,34 o barril

*Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 72,74 o barril

*Bitcoin, 0,42%, a US$ 46.270,51

*Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian registram queda de 2,73%, cotados a 730 iuanes, equivalente hoje a US$ 113,07 (nas últimas 24 horas).

USD/CNY = 6,46

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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