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Exterior negativo por conflito europeu e novo avanço do IPCA pautam Ibovespa de segunda

Bolsas têm queda generalizada ante invasão iminente da Ucrânia; inflação brazuca ‘não dá trégua’

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Crédito: invest.exame

Não bastasse a aversão ao risco em precificação no que toca ao aperto monetário do Federal Reserve (Fed) – a título de conter a inflação ianque, a maior em quatro décadas – agora as atenções mundiais se voltam para o ‘primeiro tiro’ que pode provocar efeitos econômicos imprevisíveis, num conflito que opõe duas superpotências militares, os Estados Unidos e a Rússia, tendo como epicentro o controle da região, ou seja, do petróleo local.

Aversão sobe – Com a invasão iminente da Ucrânia pelas tropas do czar Putin – e já dada como certa por especialistas – a aversão global ao risco chegou para ficar, sobretudo quanto a interrupções das cadeias de suprimento de energia, em especial, de petróleo e gás, num primeiro momento, na velha Europa. O detalhe curioso é que tal escalada de tensões geopolíticas ainda não alterou a disposição do investidor estrangeiro, que aportou aqui mais de 42 bilhões na B3 (B3SA3), somente desde o início deste ano.

Papéis baratos’ – A explicação para essa volúpia (sobretudo, ianque) está na ‘condição’ da maioria dos papéis nacionais, ‘descontados’ ou ‘baratos’, numa acepção mais popular. Nesse caso, a preferência recai naquelas ações de companhias que estão bombando, como as commodities petróleo e minério, ou Petrobras e Vale do Rio Doce, as principais bluechips nacionais. Neste caso, a grande pergunta é: até quanto vai durar essa ‘maré’ (boa) externa?

Futuros recuam – Inflação alta, juros em progressão e agora guerra iminente derrubaram todos os mercados globais, a exemplo dos futuros dos EUA (Dow Jones, -0,72%; S&P 500, -0,84%; Nasdaq Futuro, -0,96%), cuja inflação acumulada em 12 meses chegou em janeiro último a 7,5%, abrindo margem para previsões de que o bc ianque deverá aumentar em 50 pontos-base a taxa de juros local.

Powell e as ‘pistas’ – Desse modo, cresce a expectativa pela divulgação da ata do Federal Open Market Committee (Fomc), precedida pelo pronunciamento, amanhã (15) do presidente do Fed, Jerome Powell, que deverá fornecer mais ‘pistas’ sobre a política monetária a ser adotada, como também avaliará dados do varejo local.

Nova alta do IPCA – Também no campo monetário, destaque para novo avanço, 5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que voltou a subir, de 5,44% para 5,5%, da última semana para a atual. Trata-se da quinta alta consecutiva do índice oficial de inflação. O entendimento do mercado é que, pelo segundo ano seguido, a inflação deverá ‘estourar’ a meta de inflação fixada pelo Banco Central (BC), de 5% para 2022. Para 2023, foi mantida a projeção de uma inflação de 3,5%.

Selic a 12,25% – Devido à resiliência altista dos preços tupiniquins, a expectativa de analista é de chegar a dezembro com uma taxa básica de juros (Selic) de 12,25% ao ano, já superando a previsão anterior, de uma taxa de 11,75% para o mesmo período, na semana passada. Para 2023, a Selic permaneceu em 8% ao ano.

PIB pífio – Já para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa é de um crescimento de não mais de 0,3% este ano, ao passo que o próximo, a previsão foi reduzida de 1,53% para 1,5%.

Dólar cresce – Enquanto que a previsão para o dólar no final deste ano subiu de R$ 5,58 para R$ 5,60, para o próximo, esta recuou de R$ 5,50 para R$ 5,45.

Balanço BB – No plano corporativo, é dia de divulgação dos balanços do Banco do Brasil (BBAS3), Raízen (RAIZ4), Engie (ENGI11), Itaúsa (ITSA4), e São Martinho (SMTO3). No caso do BB, a expectativa de analistas é de que a instituição deverá apresentar lucro líquido recorrente de R$ 4,97 bilhões no quarto trimestre do ano (4T21).

Europa perde – Na Europa, o viés negativo predomina entre seus índices (britânico FTSE 100; -1,91%; o alemão DAX, -3,16%; o francês CAC 40, -3,45% e o italiano FTSE MIB, -3,60%), ante à iminência da invasão russa à pátria ucraniana. Confirmando a tendência geral, o Stoxx 600 recuava 1,92% a 460,55 pontos, com destaque negativo para viagens (-4%) e o de petróleo (-1%).

Ásia vermelha – A regressividade dos negócios também esteve presente entre as bolsas asiáticas, com maiores perdas para o Nikkei 255 japonês, que tombou 2,23%, seguida pelo Kospi sul-coreano, que recuou 1,57%; o chinês Shanghai SE (China), -0,98% e o Hang Seng Index (Hong Kong), -1,41%. No caso asiático, os reveses estão relacionados, tanto com perdas acionárias recentes por Wall Street, como também pela disparada do petróleo no mercado internacional.

Petróleo recua – Igualmente impactados pela crise militar no Leste Europeu, os preços do petróleo seguem em rota de ascensão, cotados a US$ 93,31 o barril do tipo WTI (alta de 0,23%) e a US$ 94,53 o barril do Brent (alta de 0,20%). No caso do contrato futuro para março próximo, o WTI caía 0,19% a US$ 92,92, ao passo que o Brent encolhia 0,30% a US$ 94,16. Apesar dos retrocessos, a commoditie já atingiu o maior patamar em seis anos.

Minério encolhe – O minério de ferro, por sua vez, operava em baixa superior a 6% no mercado chinês, enquanto traders locais reduziam suas operações e siderúrgicas chinesas enfrentam restrições governamentais, a exemplo dos alertas de reguladores do governo de Pequim, que suspeita de manipulação de preços na atividade. Um exemplo é a determinação da Dalian Commodity Exchange da China, de elevar a taxa de transação referente aos contratos futuros de minério de ferro para entregas de fevereiro a maio, o que foi interpretado como uma ‘tentativa’ de conter a subida de preços do produto.

Valorização de 22,7% – Mesmo levando em conta o recuo de 0,7% (a US$ 148,20) do minério com teor de 62% ferro no Porto de Qingdao (China) hoje (14), o minério de ferro já acumula valorização de 22,7% neste ano.

Bitcoin avança – No mundo cripto, o Bitcoin (BTC) avançou 1,36% a US$ 42.649,10.

Covid mata 880 – No diário da covid, a média móvel de mortes em sete dias atingiu 880 pessoas, com alta de 56%, em comparação com o patamar de 14 dias antes, informou o consórcio de veículos de imprensa.

Tiro no pé – Além da saga executiva kamikaze de baixar os combustíveis “à canetada”, como quer o mandatário da hora, de olho na reeleição, agora a equipe econômica quer incluir a redução de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na conta da renúncia fiscal com impacto eleitoral. A iniciativa, porém, poderá não surtir o efeito esperado, pois os preços da gasolina, diesel e etanol estão sujeitos a fatores externos.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuros)

Dow Jones, -0,72%

S&P 500, -0,84%

Nasdaq Futuro, -0,96%

Ásia

Shanghai SE (China), -0,98%

Nikkei (Japão), -2,23%

Hang Seng Index (Hong Kong), -1,41%

Kospi (Coreia do Sul), -1,57%

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), -1,91%

DAX (Alemanha), -3,16%

CAC 40 (França), -3,45%

FTSE MIB (Itália), -3,60%

Commodities

Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 93,31 o barril

Petróleo Brent, +0,20%, a US$ 94,53 o barril

Minério de ferro, -6,84%, a 776,50 iuanes ou US$ 122,09 (Bolsa de Dalian – China

Critptomoedas

Bitcoin, +1,36% a US$ 42.649,10.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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