Governo e Congresso estudam incorporar vale-gás a auxílio temporário

O vale-gás pode sair por meio de um auxílio temporário emergencial, que seria pago à população de baixa renda para reduzir os efeitos da crise social vivida no país. Pela proposta de lideranças políticas, o benefício não faria parte do programa que deve substituir o Bolsa Família, chamado Auxílio Brasil.

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Dessa forma, as duais iniciativas funcionariam ao mesmo tempo durante certo período. O plano é separar a medida emergencial, que tem prazo de duração definido, do programa de transferência de renda, que configura um gasto permanente.

Lideranças defendem retirar o auxílio temporário do teto de gastos. Os recursos para financiar a medida viriam de receitas extraordinárias, como a monetização de ativos.

A iniciativa seria voltada para beneficiários que atualmente recebem o auxílio emergencial, mas que ficarão de fora do novo Auxílio Brasil. O grupo é composto por mais de 20 milhões de cidadãos.

A equipe econômica é a favor da ideia de ajudar a população de baixa renda em meio à disparada na inflação, mas desde que os gastos fiquem dentro do teto de gastos. Entretanto, a equipe de Paulo Guedes é contra a ideia de criar um novo programa fora da regra.

Bolsa Família e vale-gás

Estudos dos técnicos da área econômica mostram que é possível extinguir a fila do Bolsa Família reajustando o valor do benefício apenas o suficiente para repor a disparada da inflação. O gasto adicional seria de R$ 11 bilhões e elevaria o valor médio do programa a R$ 225. 

Além disso, seria oferecido um adicional temporário de R$ 100 como forma de custear o vale-gás. A equipe da economia quer que o benefício seja pago dentro do Auxílio Brasil, e não para um público separado.