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Economia

Greve paralisa processamento de grãos em polo de exportação da Argentina

Reivindicações do sindicato Soea estão ligadas a pagamentos de bônus pelo trabalho durante a pandemia de coronavírus.

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As operações de processamento de grãos foram paralisadas nesta quinta-feira em diversas fábricas do polo agroindustrial da Argentina, na região de Rosário, por conta de uma greve de 24 horas que teve início no começo da manhã, informou o chefe da câmara de indústrias Ciara.

As reivindicações do sindicato dos trabalhadores em indústrias de oleaginosas Soea estão ligadas a pagamentos de bônus pelo trabalho durante a pandemia de coronavírus.

O sindicato já havia deflagrado uma greve em outubro em razão da mesma situações, mas as negociações com as empresas desde então seguiam travadas. A Argentina é o maior exportador do mundo de óleo e farelo de soja, derivado da oleaginosa cultivada, e o centro agroexportador concentra cerca de 80% dos embarques agrícolas e agroindustriais do país.

“As fábricas de San Lorenzo estão paradas”, informou presidente do Ciara, Gustavo Idígoras, citando que em Puerto General San Martín e Timbúes, as outras cidades que compõe o polo agroexportador, os sindicalistas da Soea trabalhavam somente meio período.

“Insistimos em retomar o diálogo e a negociação”, acrescentou.

“Já acertamos o reajuste salarial até agosto do ano que vem. O bônus especial da Covid que eles estão pedindo é impossível. Precisamos voltar à mesa para fechar o acordo em breve”, defendeu Idígoras.

A Ciara é representante das maiores esmagadoras da Argentina. Em San Lorenzo há plantas dos grupos de commodities Cargill, Cofco International, Terminal 6, uma joint venture entre a Bunge e a AGD local, e a argentina Buyatti. Sua capacidade combinada de processamento de 35,5 mil toneladas por dia, segundo dados da Bolsa de Grãos de Rosário.

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