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Huawei registra alta na receita trimestral, mas já sofre com restrições dos EUA

Receita do terceiro trimestre teve acréscimo de 3,7% na comparação anual, para 217,3 bilhões de inanes.

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A Huawei Technologies reportou alta na receita do terceiro trimestre, embora o choque da pandemia de Covid-19 e as dificuldades da cadeia de fornecimento causadas pelas restrições sancionadas pelos Estados Unidos tenham afetado seus negócios.

Na véspera, a fabricante de equipamentos de telecomunicações lançou o mais novo smartphone de sua linha principal, provavelmente o último com Android, sistema operacional mais dependente da tecnologia norte-americana.

Sinalizando o encerramento pelo menos quatro anos consecutivos de crescimentos de dois dígitos, a receita saltou 9,9% de janeiro a setembro ante igual período do ano anterior, para 671,3 bilhões de iuanes (100,4 bilhões de dólares), comunicou a empresa nesta sexta-feira.

De acordo com a Reuters, a receita do terceiro trimestre teve acréscimo de 3,7% na comparação anual, para 217,3 bilhões de inanes.

A Huawei também informou que sua margem de lucro líquido dos nove primeiros meses do ano foi de 8%, de 8,7% no ano passado.

Os norte-americanos impediram o acesso da Huawei a software e equipamentos de fabricação de chips do país em 2020, acompanhando ações realizadas em maio de 2019 que estão pouco a pouco entrando em vigor.

A linha de chips Kirin, desenvolvida internamente pela Huawei, sustentou o avanço da empresa para o topo do mercado global de celulares.

Contudo, mais cedo neste ano, o presidente-executivo do grupo de negócios ao consumidor, Richard Yu, disse que as restrições dos Estados Unidos causariam o encerramento da produção de chips Kirin pela Huawei. A previsão dos analistas é que os estoques da empresa vão durar somente até 2021.

Yu apresentou em uma transmissão ao vivo feita ontem mais nova série de smartphones da Huawei, chamada de Mate 40.

O aparelho custa 4.499 iuanes na versão light e vem equipado com o chipset Kirin 9000, que utiliza o processo de produção de 5nm, atualmente utilizado em grande escola somente por Apple e Qualcomm.

O Mate 40 provavelmente terá boa saída na China, embora as vendas totais amarguem problemas na cadeia de fornecimento, disse Mo Jia, analista do setor de smartphones na empresa Canalis.

“A Huawei não terá dificuldade para vender a série Mate 40, já que a maior parte da remessa irá para a China”, disse Jia. “Mas ela só pode produzir unidades limitadas com a série Kirin 9000, o que afetará o número de unidades do Mate 40 que ela pode enviar”, afirmou.

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