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Ibovespa cai no dia, mas sobe 16,09% no mês

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com declínio de 0,91%, aos 29.638 pontos e o Nasdaq com recuo de 0,06%, aos 12.198 pontos.

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A Bolsa doméstica sucumbiu ao exterior e encerrou o último pregão do mês em queda. O movimento é atribuído a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor sanções a uma companhia chinesa que supostamente realiza comércio com a Venezuela. Bancos, Vale e Petrobras, que nos pregões anteriores pressionaram o índice para cima, hoje fizeram pressão contrária. Com isso, o principal índice doméstico encerrou com queda de 1,36%, aos 109.074 pontos. Ao longo do dia, o índice variou entre a mínima de 108.829 pontos e a máxima de 110.933 pontos. O giro financeiro somou R$ 35,6 bilhões.

No mês, o Ibovespa acumulou alta de 16,09% e, no ano, queda de 5,68%.

Grande parte da performance da Bolsa em novembro é atribuída a entrada de estrangeiros. O economista chefe da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo ressalta, no entanto, que a alta não é exclusiva do Brasil e que outros emergentes, como Coreia do Sul e México, por exemplo, também estão recebendo recursos de estrangeiros. De acordo com ele, muito desse bom humor é atribuído a vitória de Joe Biden à presidência dos EUA, a escolha de Janet Yellen como secretária do Tesouro norte-americano e, a eficácia de algumas vacinas para combater o coronavírus. “Juntou a fome com a vontade de comer”, pondera.

Santo ressalta ainda que a entrada do estrangeiro não é mérito do governo. “Na minha visão não é por nosso mérito, não tem nada aqui que a gente tenha feito de positivo para que trazer o investidor estrangeiro de volta. Isso é por uma questão global é não por nossos méritos”, avalia.

Para o economista, para que esses recursos não encontrem o caminho de volta para o seu país de origem, o governo precisa aprovar algumas medidas ainda este ano. “Sendo franco, acho pouco provável que algo prospere até o dia 18, quando o Congresso entra em recesso. Se o governo conseguir, pelo menos, fazer o Orçamento, pode ser uma boa sinalização”, pondera.

O queda das bolsas se intensificiou após Trump informar que colocaria a China National Import and Export Corporation em uma lista para proibir que investidores norte-americamos comprem ações da companhia a partir de 2021. A notícia trouxe tensão aos negócios, pois pode ser um novo estopim para o já enfraquecido relacionamento entre os EUA e a China.

Do lado corporativo, as ações da Gol e da Azul fecharam em alta de 2,56% e 3,17%, respectivamente, refletindo a notícia de que a farmacêutica Moderna solicitou o pedido para uso emergencial.

Os bancos terminaram em queda: Itaú -07%, Bradesco -0,77%, Banco do Brasil -1,41% e Santander -2,44%.

As ações da Vale e das siderúrgicas recuaram, após subirem com a estimativa do Instituto Aço Brasil, entidade que engloba indústrias siderúrgicas, de que o setor sinaliza expansão superior a 5% nas vendas domésticas de aço no próximo ano, ante um crescimento projetado de apenas 0,5% para esse ano.

Vale caiu 0,93%, Gerdau perdeu 0,57%% e CSN,-1,79%. Usiminas terminou na contramão, com alta de 0,58%.

Petrobras também terminou no vermelho (-2,39%).

O avanço da infecção do coronavírus no mundo continua no foco de preocupação. Nos Estados Unidos foram registrados 205.460 novos casos de covid-19. Na Europa, França, Alemanha e Reino Unido mantêm as medidas de restrições para tentar reduzir o avanço do coronavírus.

No Brasil, a cidade de São Paulo regrediu para a fase amarela, com isso, comércio e serviços terão o horário de funcionamento reduzido.

Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com declínio de 0,91%, aos 29.638 pontos e o Nasdaq com recuo de 0,06%, aos 12.198 pontos.

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