Ibovespa opera no patamar dos 95 mil pontos com cautela no exterior

O Ibovespa despencava para o patamar de 95 mil pontos nesta sexta-feira, rumo à quarta semana seguida de perdas, puxado pela cautela que tomou conta dos mercados, inclusive no exterior.

Às 11:33, o índice de referência recuava 1,12%, a 95.926,22 pontos. O giro financeiro da sessão somava 5,68 bilhões de reais.

Na quinta-feira, o Ibovespa registrou alta 1,33%, a 97.012,07 pontos, cercando 98 mil na máxima do dia.

Os investidores estão com as atenções voltadas para o exterior, tendo em vista a agenda doméstica parada desta sexta-feira. Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones estendiam a série mais longa de baixas em um ano diante do aumento de temores em relação às perspectivas para a economia à medida em que a pandemia de coronavírus se arrasta.

Os índices acionários da Europa também tinham queda conforme novas restrições para conter um aumento nos casos de coronavírus no continente aumentavam as preocupações sobre a força da recuperação da economia.

“Tais dados têm dado um alerta amarelo aos investidores, principalmente pelos efeitos de possíveis novas quarentenas, como já sinalizam alguns governos”, disse em nota a Infinity Asset.

Destaques da manhã

ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN despencavam 1,3%, após alta expressiva na véspera.

PETROBRAS PN e PETROBRAS ON perdiam 1,5% e 1,1%, respectivamente, em mais um dia de baixa no preço dos contratos futuros do petróleo por causa dos temores sobre a demanda em razão da ameaça de novas medidas de isolamento para conter o coronavírus.

YDUQS PART caía 1,7%, após reportagem do Valor Econômico apontar levantamento da consultoria Hoper que indica que a empresa era a única das interessadas na operações nacionais da Laureate que poderia ter problemas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

HIDROVIAS DO BRASIL tinha queda de 2,8% em sua estreia na B3.

IRB BRASIL RE subia 3,8%, entre os poucos componentes do Ibovespa no azul, acumulando alta de mais de 30% na semana.

SUZANO ON valorizava-se 0,9%, tendo como pano de fundo o aumento de seu preço-alvo para 65 reais por ação pelo Credit Suisse. No setor, KLABIN UNT perdia 1,4%.