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Ibovespa reduz ganhos após discurso do presidente do Fed, mas fecha em alta

O dólar sofreu uma nova virada nesta quinta-feira, mostrando firme alta no mercado futuro

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O ibovespa reduziu ganhos após discurso mais cauteloso do presidente do Fed, mas fecha em alta de 1,35%, aos 112.690 pontos, sustentado pela repercussão positiva da aprovação no Senado da PEC Emergencial. Já o dólar tem leve queda de 0,11% e encerra cotado a R$ 5,658.

Já o Valor Econômico destacou mais cedo que o custo da demora do governo federal em encomendar as vacinas contra covid para o Ibovespa é de cerca de 13 mil pontos, ou aproximadamente 10%.

Esse é o cálculo do estrategista para mercados do UBS Wealth Management, Ronaldo Patah, para quem “a raiz do nosso problema, o que mais nos afetou este ano, foi a má gestão da vacinação.” “Se o governo tivesse fechado acordos lá atrás, o Ibovespa deveria estar perto da máximas, em 125 mil pontos, e não em 112 mil pontos”, afirma.

Ele afirma que foi um grande erro o governo não ter comprado as 70 milhões de doses de vacina oferecidas pela Pfizer em setembro do ano passado. “Poderíamos estar vacinando como os Estados Unidos. Não teríamos que estar sofrendo por essa segunda onda”, afirma.

Essa demora, em sua visão, tem um custo relevante para os mercados e, como consequência, para a economia. Afinal, dólar e juros altos afetam a recuperação da atividade.

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Bolsa de valores de São Paulo

Ibovespa

Este ano, o Ibovespa acumula, em dólar, uma queda de 12,60%, enquanto a bolsa do México sobe 1,14%, a da Turquia avança 4,38%, da Rússia ganha 4,84% e a da África do Sul tem valorização de 10,87%. “Acredito que 70% da piora que se vê este ano tem a ver com a pandemia e 30% com a piora fiscal”, afirma.

Sobre o fiscal, Patah diz que, enquanto todos os países do mundo tiveram uma piora fiscal em 2020, o Brasil fez uma expansão de gastos comparável às dos países desenvolvidos, e muito superior às dos emergentes. “Mas agora, em 2021, está mais controlado. Passada a PEC emergencial, mantendo teto de gastos, temos uma condição melhor”, diz. Mas, para ele, o ponto ainda é a lentidão na vacinação.

Dólar

Segundo a Reuters, o dólar sofreu uma nova virada nesta quinta-feira, mostrando firme alta no mercado futuro depois de passar a sessão inteira em queda, com a pressão do cenário externo neutralizando repercussão positiva da aprovação da PEC Emergencial com limites de gastos, que aliviou temores sobre a trajetória das contas públicas.

O movimento do câmbio nesta quinta foi na direção contrária do da véspera, quando, na reta final do pregão, o dólar despencou das máximas, após garantias do presidente da Câmara de que o Congresso respeitaria o teto de gastos.

O dólar à vista fechou com variação negativa de 0,01%, a 5,6617 reais na venda. Na B3, em que os negócios com derivativos de câmbio vão até 18h30, o dólar futuro de primeiro vencimento saltava 0,90% às 17h17, a 5,6740 reais.

No mercado spot, cujas operações se encerram às 17h, a moeda chegou a descer para 5,5449 reais (-2,08%) no começo da tarde, mas recobrou forças e engrenou alta em meio à deterioração nos ativos internacionais, pela percepção de que o Federal Reserve não está preocupado com o recente aumento nas taxas de títulos soberanos e das expectativas de inflação.

No pico do dia, a cotação subiu 0,40%, a 5,685 reais.

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