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Economia

Inflação e avanço da Covid-19 devem impor cautela

BC revisou a estimativa do PIB de retração de 6,4%, para queda de 5% este ano. O IPCA subiu de 1,9% para 2,1%.

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Hoje pode ser mais um dia de cautela, com os investidores preocupados com o avanço da covid-19 no mundo, de olho nos últimos acontecimentos em Brasília e atentos, mais uma vez, aos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos. Às 9h05, o Ibovespa futuro registrava 1,60%, aos 95.734 pontos.

Por aqui, o governo parece que já decidiu sobre a criação de um novo imposto, uma espécie de “CPMF digital”. Para conseguir a aprovação, o governo estaria negociando com a Câmara a aprovação da reforma tributária em troca do novo imposto. Para o economista da Órama Investimentos Alexandre Espírito Santo, a “CPMF” é um imposto “muito perverso”. “Não acho um bom imposto, porque ele é malvado pega toda a cadeia produtiva e ainda penaliza a cadeia mais fraca. Sou contra”, afirma.

Outra novidade é que o presidente Jair Bolsonaro já escolheu o nome do novo programa social que vai substituir o Bolsa Família. Segundo o senador Márcio Bittar o programa será nomeado de “Renda Cidadã”. O governo, no entanto, ainda não informou de onde virão os recursos para manter o programa. Essa indefinição deve contribuir para azedar o humor do investidor, que está preocupado com o possível rompimento do teto dos gastos.

Ainda por aqui, o Banco Central (BC) divulgou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e os analistas vão analisar o documento com lupa, já que não é esperado novidades após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O BC revisou a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de retração de 6,4% no relatório anterior, para queda de 5% este ano. A previsão é menos otimista do que a do Ministério da Economia, de recuo de 4,7%. Para 2021, a projeção de crescimento passou de 3,2% para 3,9%. Para o IPCA, a estimativa subiu de 1,9% para 2,1%, ainda abaixo do piso da meta, de 2,5% ao ano.

No exterior, o avanço da covid-19 continua preocupando. Segundo a BBC, o número de casos diários no Reino Unido subiu 1.252, para 6.178 casos, uma alta de 25% de um dia para o outro.

Nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, volta a prestar depoimento, desta vez, no Congresso. Ontem, ele reforçou que a autarquia segue empenhada em recorrer às ferramentas de política monetária disponíveis para garantir uma recuperação forte. Enfatizou que a recuperação econômica do país deve demorar mais que o esperado e, por isso, serão necessários novos estímulos.

Além disso, serão divulgados as vendas de imóveis residenciais novos de agosto e os pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Em Nova York, o índice futuro do Dow Jones registrava queda de 0,36%, aos 26.590 pontos.

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