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Economia

Inflação; Focus e precatórios pautam segunda-feira do Ibovespa

Avanço de preços é preocupação no Brasil e nos EUA; matéria fiscal é alvo de impasses no Congresso Nacional

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Crédito: Investe aí

Numa sessão de viés indefinido – em que os índices futuros estadunidenses alternam altas (Dow Jones e S&P) e baixas (Nasdaq), o mesmo ocorrendo com bolsas europeias, que avançam, e asiáticas, que recuam – o mercado global acompanha a evolução da inflação dos EUA, que bateu 6,2% no acumulado em 12 meses em outubro último, a maior taxa em 30 anos. A questão não é o número em si, mas seu poder de agilizar a retirada da injeção bilionária mensal de US$ 120 bilhões na economia ianque (tapering) pelo Federal Reserve (Fed), seguida de alta dos juros pela autoridade monetária, o que certamente trará reflexos globais imediatos.

Dois dígitos – Enquanto os ‘vizinhos do Norte’ se alarmam com seu índice, no Brasil, o IPCA (índice oficial de inflação) já chegou à casa dos dois dígitos, igualmente acumulado em 12 meses, quando chegou a 10,25%. Enquanto que na ‘Terra do Tio Sam’, a carestia atingiu os alimentos, combustíveis, automóveis e habitação, aqui, a preocupação tem relação com o avanço de itens, como carne, peixe, ovos, sem contar a disparada da gasolina, que atingir o maior patamar em sete anos.

IPCA avança – Confirmando a escalada inflacionária tupiniquim, o Boletim Focus dessa segunda-feira (6) mostra o avanço, de 10,15% para 10,18% do IPCA deste ano, e de 5,00% a 5,02%, para próximo. Mas, para o investidor, o mais relevante é saber que, em 2023, a previsão de inflação (inflada de 3,42% a 3,5%) continuará distante da meta de inflação federal (3,25%).

PIB encolhe de novo – Num movimento inverso, o PIB voltou a encolher, dos 4,78% previstos na semana anterior, para 4,71% este ano. Já para 2022, o avanço é tímido, de 0,51% para 0,58%, na margem positiva do indicador.

Selic próxima de 10% a.a. – No que toca à taxa básica de juros (Selic), o mercado consultado pela autoridade monetária – 100 maiores instituições financeiras do país – projetou, no mesmo Focus, um patamar de 9,25% ao ano (a.a.), no final deste ano, ao passo que este se manteve em 11,25%, para o ano que vem. Nova taxa será anunciada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom-BC), na próxima quarta (8).

Aperto monetário – Para o fim do ciclo de ‘aperto monetário’ (esperado para meados de 2022), pilotado pelo BC, a maioria das instituições apontou uma taxa de 11,75% (a.a.) ou mais, ao passo que outras indicam uma máxima de 11,5% (a.a.) para o período; alta de 7,75% (a.a.) para 8% (a.a.), no final de 2023 e mantido em 7% (a.a.) em 2024.

Balança comercial – De posse desse arsenal de dados macroeconômicos, à tarde, o investidor examina os números da balança comercial semanal, assim como confere dados da produção nacional de veículos, pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Também pela tarde, o ministro offshore isento Paulo Guedes participar de evento na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Bitcoin despenca – No terreno das criptomoedas, o Bitcoin, por conta do sell off no último final de semana, despencou quase 27% num único dia, passando de US$ 43 mil para US$ 32 mil.

Petróleo sobe Entre as commodities, o petróleo mantém a tendência de alta das últimas semanas, sobretudo após a decisão da Arábia Saudita de elevar o preço de seu produto, e a Opep anunciar que pretende manter a atual política, de “ajustes de oferta para o mercado”.

Pequim regula – Na Ásia, com bolsas em queda, o destaque negativo para as ações Hong Kong, cujo recuo dois fatores centrais: as ‘perspectivas regulatórias’ de Pequim sobre as companhias chinesas de tecnologia; flexibilização da política monetária pelo governo local.

Ásia cai – Já as principais bolsas asiáticas fecharam em queda, com destaque negativo para os papéis de Hong Kong, com investidores avaliando as perspectivas regulatórias para as companhias chinesas de tecnologia, além das apostas na flexibilização da política monetária.

Alívio global – Aliviado, o mercado global respira com a notícia de que foram classificados como ‘leves’ os casos de pessoas contaminadas pela variante ômicron, até o momento. No país, a média móvel de mortes por covid-19 voltou a cair, dessa vez, 7%, se comparada a 14 dias antes.

A hora da pizza – Na agenda econômica do Congresso, continua em primeiro plano a PEC dos Precatórios, agora de volta à Câmara, onde terá de passar, novamente, pelo crivo dos dois turnos, não antes de ser apreciada, uma vez mais, pela CCJ daquela Casa legislativa. A solução para seu avanço, o ‘fatiamento’ da ‘pizza fiscal’, para convergência em ‘pontos comuns’ estaria produzindo ‘ruídos’ e impasses, nas conversações em curso nas duas casas.

22 milhões off – De acordo com analistas, ainda que o financiamento do programa Auxílio ‘pleito’ Brasil esteja garantido, 22 milhões de famílias deverão continuar sem proteção social no ano que vem, até porque houve corte de R$ 11 bilhões para iniciativas de transferência de renda, como essa.

‘Tramitação relâmpago’ – Após a deliberação sobre a PEC dos Precatórios, o Congresso alterou o cronograma orçamentário, de modo a permitir que a matéria fiscal seja votada até o dia 17 próximo, dentro da perspectiva de uma ‘tramitação relâmpago’ para ela. A contagem regressiva ganha importância, face à necessidade de o Planalto contar com verbas federais em ano eleitoral, que avizinha. Assim, o relatório geral do Orçamento só deverá ser divulgado no dia 16 do mês corrente.

Principais indicadores

Estados Unidos (futuro)

Dow Jones, +0,41%.

S&P 500, +0,19%.

Nasdaq, -0,22%.

Ásia

Nikkei (Japão), -0,36% (fechado).

Shanghai SE (China), +0,50% (fechado).

Hang Seng Index (Hong Kong), -1,76% (fechado).

Kospi (Coreia do Sul), +0,17% (fechado).

Europa

FTSE 100 (Reino Unido), +0,14%.

Dax (Alemanha), +0,64%.

CAC 40 (França), +0,52%.

FTSE MIB (Itália), +0,56%.

Commodities

Petróleo WTI, +2,34%, a US$ 67,81 o barril.

Petróleo Brent, +2,15%, a US$ 71,38 o barril.

Minério de ferro, +1,57%, a 615,50 iuanes (US$ 96,65) – Bolsa de Dalian (futuros).

Bitcoin

Bitcoin, -2,54% a US$ 48.261,86.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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