Investimentos isentos de IR: quando optar por LCIs, LCAs e CDBs?

A isenção do Imposto de Renda (IR) é um conceito que rapidamente atrai a atenção dos investidores brasileiros. Essa característica é atrativa para ativos de renda fixa, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), além da renda variável, como dividendos de ações.

Contudo, a isenção fiscal não deve ser a única consideração ao investir.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou, para agosto de 2025, uma redução no prazo mínimo de vencimento das LCIs e LCAs, de nove para seis meses. Esta mudança visa tornar esses ativos mais acessíveis aos investidores, que já os consideram devido à sua isenção de IR.

No entanto, como escolher entre LCIs, LCAs e CDBs? Compreender a diferença entre eles é essencial.

Renda fixa: uma análise profunda

LCIs, LCAs e CDBs são títulos emitidos por bancos, garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250 mil por CPF. Eles possuem riscos de crédito similares, porém, há nuances que influenciam a escolha.

Certificados de Depósito Bancário (CDBs)

Os CDBs, com rendimentos de 85% a 95% do CDI (11,8% ao ano), são uma alternativa mais lucrativa comparada à poupança. No entanto, sofrem incidência de IR conforme a tabela regressiva.

A redução das alíquotas ocorre conforme o tempo de investimento, indo de 22,5% para aplicações de até 180 dias, a 15% para períodos acima de 720 dias.

Além disso, CDBs de instituições bancárias menores podem oferecer retornos mais elevados; no entanto, é crucial avaliar a liquidez.

Opções com liquidez diária tendem a render menos em comparação a títulos com vencimentos mais longos.

LCIs e LCAs: crédito setorial

As LCIs e LCAs são adequadas para investidores interessados em financiar os setores imobiliário e do agronegócio. Apesar de serem isentas de IR, possuem prazos de resgate fixos, o que reduz a liquidez.

São ideais para aqueles sem necessidade imediata de capital.

Considerando rentabilidade e isenção de IR

É importante comparar os rendimentos líquidos entre títulos isentos e tributados. Apesar dos riscos semelhantes, os rendimentos brutos das opções isentas costumam ser inferiores.

Portanto, a vantagem em investir em renda fixa isenta é mais pronunciada para prazos curtos, evitando as alíquotas mais pesadas da tabela regressiva.

A decisão entre LCIs, LCAs e CDBs deve ser ponderada considerando o horizonte de investimento, a necessidade de liquidez e o impacto fiscal. Investidores bem informados são mais propensos a fazer escolhas que otimizem seus retornos financeiros.