Itaú anuncia fundo multigestor com investimentos a partir de R$ 100

O Itaú Unibanco lançou um fundo multigestor com tíquete mínimo de R$ 100. Ainda que os bancos de varejo não sejam protagonistas na disputa das plataformas de investimentos, a iniciativa é uma indicação de que essas instituições estão em atuação. 

De acordo com o diretor da área de fundos de fundo (FoFs) do Itaú, Pedro Barbosa, o banco está empregando uma estratégia distinta das plataformas abertas. “Nosso caminho não é virar um supermercado de investimentos com centenas de produtos, é simplificar a grade e levar uma curadoria para o cliente”, argumenta o executivo. 

Além disso, Barbosa completou dizendo que em países que os marketplaces foram impulsionados antes do Brasil, “o momento é mais de aconselhamento e curadoria”. Portanto, “o cliente ganha tempo com isso e não fica perdido em meio a quantidade muito grande de opções”, afirma.

Com abertura para aportes em 31 de agosto, o Itaú Global Alfa abrange essa perspectiva. O método do portfólio é empregar os recursos em “hedge funds” internacionais especializados em alternativos líquidos. A categoria engloba exposição a ativos não tradicionais, como por exemplo capitais privados, infraestrutura e móveis, mas por meio de instrumentos de maior liquidez.

Desse modo, o Itaú Global Alfa procura retorno absoluto, com melhor desempenho alinhado ao risco possível. Segundo a gestora responsável pelo fundo, Vivian Sala, a intenção é trazer retorno de, no mínimo, 6% ao ano acrescido a variação do dólar. O portfólio estreante não utiliza proteção cambial, o “hedge”. Sendo assim, a rentabilidade incorpora tanto o retorno de capital quando a oscilação da moeda americana.

Para a estreia do fundo multigestor, o Itaú disponibiliza uma taxa promocional de administração de 0,65% ao ano para os primeiros R$ 50 milhões aportados. “Depois de atingida essa quantia, vamos subir a taxa de administração”, alega Vivian. Porém, ainda não se sabe quanto será o novo percentual. O fundo tem como público-alvo perfis qualificados, ou seja, investidores com R$ 1 milhão em aplicações, no mínimo.