Itaú (ITUB4): inflação de 8,4% e Selic a 8,25% este ano

Devido ao agravamento da crise hídrica, que produz efeitos sobre a inflação e nas contas de luz, o Itaú reviu para cima (8,25% ao ano) suas projeções sobre a taxa básica de juros (Selic), para o final de 2021 e a elevou para 9% a previsão para 2022.

Selic acelera – Ao mesmo tempo, a instituição projeta uma expansão de 7,70% para 8,40% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, e de 3,90% para 4,20%, no próximo. Sobre a forma de reajuste da Selic, o Itaú (ITUB4) tem a expectativa de que o aumento deverá ser de um ponto percentual ao mês, pelos próximos três meses. O dólar, por sua vez, chegaria no final de 2021 cotado R$ 5 no fim de 2021 e R$ 5,20, no ano seguinte.

Pressões inflacionárias – A perspectiva de aprofundamento da crise hídrica, aumento das contas de luz, além do risco de novas medidas de redução de consumo de energia, como racionamento, tem-se refletido nos índices de inflação, acentua o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, ao destacar que a tensão gerada pela incerteza quanto à trajetória das contas públicas e o teto de gasto acaba, também, pressionando o câmbio.

Déficit recua – Ao observar recuo de 0,1% do PIB no segundo trimestre em relação ao anterior (2T21/1T21), o Itaú reduziu, também, de 5,7% para 5,3% sua previsão para este ano, e de 1,5% para 0,5%, em 2022. Em contraponto, a projeção é de que o déficit primário apresente redução de 1,4% do PIB para 0,7% do PIB. “Um quadro como esse abre margem para créditos extraordinários, não sujeitos ao teto de gastos, além de aumento da dívida pública e dos juros, o que compromete o crescimento”, acrescentou.