Bancos
Mais de 29 milhões de pessoas foram cortadas do novo auxílio emergencial
No ano passado, foram beneficiadas 68 milhões de pessoas
O auxílio emergencial estabelecido pelo Governo Federal neste ano vai beneficiar um número inferior ao divulgado inicialmente. Serão contemplados 39 milhões de brasileiros, segundo levantamento feito pelos organizadores do movimento Renda Básica que Queremos, responsável pela campanha #auxilioateofimdapandemia, a partir de dados divulgados pelo Ministério da Cidadania.
No ano passado, foram beneficiadas 68 milhões de pessoas. Neste ano, ficarão sem o benefício 29 milhões de brasileiros – justamente, os mais vulneráveis. Ou seja: quase metade dos que receberam no ano passado (43%). Em alguns estados, como em Minas Gerais, os cortes atingiram mais da metade do público de 2020, com redução de 52% na base de beneficiários. Em São Paulo, são mais de 5,7 milhões de beneficiários a menos.
Auxílio Emergencial
Além da quantidade menor de brasileiros que terão acesso ao auxílio emergencial, os valores também foram drasticamente reduzidos. Atualmente, são três faixas: R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Segundo Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, uma das 300 organizações que participam da campanha, é muito cruel, neste momento de agravamento da pandemia e no qual as pessoas precisam ficar em casa para preservar a sua saúde, deixar de prestar socorro aos mais vulneráveis.
“Não temos vacina em quantidade suficiente e temos pesquisas que mostram o agravamento da fome no país. E o que o governo faz? Reduz a base de beneficiários, quando sabemos que não está cortando ‘gordura’, mas tirando quem mais precisa de proteção social neste momento”, desabafa.
Novo valor
O novo valor do auxílio emergencial não é suficiente para comprar sequer 25% da cesta básica. O corte terá efeitos perversos também sobre a economia, especialmente o comércio, que luta para sobreviver diante de sucessivas restrições de funcionamento.
No ano passado, o auxílio emergencial ajudou a injetar R$ 294 bilhões, creditados para mais de 68,2 milhões de pessoas que receberam ao menos uma parcela. Pesquisas indicam que 53% desse total foram destinados à compra de mantimentos. Os mais impactados serão os trabalhadores informais, MEI e desempregados.
Com o fim do benefício, em dezembro do ano passado, quase 27 milhões de pessoas voltaram à pobreza extrema no país, sem conseguir garantir o sustento de suas famílias. Agora, sem emprego e sem o auxílio, Paola teme que mais pessoas atravessem a linha da miséria, pois ainda não há trabalho nem perspectivas a médio prazo. Atualmente, o Brasil convive com o recorde de mais de 14 milhões de desempregados e 417 mil mortos pela Covid-19.

-
Tecnologia2 dias atrás
Advogado usa IA para inventar leis, engana a Justiça e se dá mal
-
Bancos20 horas atrás
‘Golpe da mão fantasma’: conheça essa nova ameaça digital e saiba como se proteger
-
Tecnologia2 dias atrás
Spotify anuncia aumento na assinatura em vários países
-
Fundos Imobiliários - FII's2 dias atrás
Mercado de FIIs encerra semestre com alta de até 53; confira as principais altas e baixas
-
Finanças2 dias atrás
Revelamos o outlet menos divulgado e mais barato para fazer suas compras na Flórida
-
Mercado de Trabalho1 dia atrás
Cancelamento da contribuição sindical pela internet é aprovado pelos deputados
-
Curiosidades24 horas atrás
Família milionária transforma céu em caixa eletrônico ao fazer chover R$ 27 mil
-
Curiosidades1 dia atrás
Agricultor encontra bilhões em OURO, mas não leva nem 1 centavo; veja com quem ficou