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Commodities

Ministra da Agricultura espera sucesso com cota de açúcar dos EUA

Teresa Cristina disse também que espera que a Índia seja a “próxima China” para o agronegócio brasileiro.

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quinta-feira que o governo federal espera retribuir a confiança dada pelo setor de açúcar e etanol brasileiro tendo sucesso em negociações comerciais com os Estados Unidos, em movimento que pode até transformar o biocombustível em uma commodity global focada em países como a Índia.

O tema da discussão no momento da afirmação era a renovação, feita na semana passada a despeito da opinião dos fabricantes de etanol brasileiros, da cota para importação do produto dos EUA sem tarifas por um período de três meses.

“Acho que essa discussão é importante, não sei se 90 dias serão suficientes, mas vamos ver, os produtores sentaram à mesa, acho que houve uma união de todos, pela primeira vez sentou todo mundo, e deram um crédito para nós para essa negociação, espero que tenhamos algum tipo de êxito para avançarmos…”, acrescentou.

O objetivo do restabelecimento da cota é mostrar boa vontade para que o governo de Donald Trump possa incluir uma maior abertura dos EUA ao açúcar brasileiro nas negociações de uma tarifa zero para importação de etanol norte-americano.

Em referência à cota anual de 144 mil toneladas destinadas aos brasileiros, Teresa Cristina falou que “há muitos anos o Brasil tenta discutir o açúcar (com os EUA). A cota americana de açúcar para o Brasil, como maior produtor, é muito pequenininha, ela é irrisória, insignificante pelo tamanho do Brasil”.

“Pela primeira vez o Brasil ouviu dos americanos… no passado, era quase um palavrão falar de açúcar e em mexer em cota de açúcar”, acrescentou.

O Nordeste brasileiro seria beneficiado por condições mais favoráveis a exportar açúcar aos EUA, por conta de sua localização, lembrou a ministra. Em contrapartida, as usinas nordestinas são as mais prejudicadas pelo etanol norte-americano importado.

“Temos um tempo em que temos de ser eficientes, nos deram um crédito de confiança e temos de devolver isso com algum resultado”, afirmou ela.

A ministra argumentou que um livre mercado poderia colaborar para um objetivo antigo do país de transformar o etanol em uma commodity global, o que traria benefícios ambientais pela maior substituição da gasolina.

“Temos levado isso para muitos países, como a Índia. Foi isso que os incentivou a conversar com o Brasil sobre este assunto… os EUA junto com o Brasil podem atingir outros mercados”.

Ela disse ter esperanças de que a Índia seja a “próxima China” para o agronegócio brasileiro, e que a pandemia atravessou as negociações para maior abertura de mercados indianos a produtos do Brasil.

“Temos de estar preparados, estamos plantando a sementinha para fazer isso com a Índia, é um país diferente, mas temos muito a caminhar no comércio internacional com eles também”, ressaltou.

Por fim, a chefe da pasta abordou importância de o agronegócio buscar ser mais sustentável e assegurou a sanidade dos produtos nacionais, dizendo que o Brasil irá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as Filipinas. Os filipinos embargaram a carne de frango brasileira após contaminação por coronavírus em produtos avícolas brasileiros ser reportada por uma cidade da China.

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