Economia
Nereu Crispim faz grandes críticas ao governo Bolsonaro
O deputado disse que a greve dos caminhoneiros é uma questão de sobrevivência e criticou o presidente. Entenda!
Segundo o deputado Nereu Crispim, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o presidente Jair Bolsonaro não cumpriu com suas promessas de campanha feitas em 2018, referentes aos caminhoneiros.
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O parlamentar ainda disse que os mesmos terão de fazer paralisação por suas próprias sobrevivências, pois o aumento do combustível não favorece mais o trabalho da categoria.
“Não foi julgada lá no STF aquela ADI [Ação Direta de Inconstitucionalidade] do piso mínimo, a política de preços da Petrobrás não foi alterada e não foi implementado o DT-e como um instrumento que poderia desburocratizar e facilitar a embarcação, beneficiando o caminhoneiro”, disse Crispim.
Para ele, o governo de Bolsonaro só beneficiou os grandes, deixando os trabalhadores informais e as pequenas empresas à deriva. E devido à falta de atenção com a classe e ao trabalhador, por “autônomo não ter condições de pagar as contas, e nem ter dinheiro para girar o caminhão, botar diesel, fazer manutenção”, eles consequentemente farão paralisações.
“Vão parar porque não conseguem repassar o valor do reajuste para o tomador do frete. É uma questão de sobrevivência”, justificou.
Indo contra o prometido na campanha de Jair Bolsonaro, o diesel teve um aumento de 24,9%, e a gasolina, de 18,8%. E tanto descaso por parte do mesmo, que prometeu defender mais a classe, fez com que acabasse esta ilusão, segundo Crispim.
“Então, essa máxima dele serviu para cair a máscara. Ele estava lá a serviço de grandes empresas, como aquela empresa Rumo, que hoje detém quase toda a malha ferroviária do Brasil”, afirmou.
O deputado chegou a dizer que ele mesmo se iludiu com as propostas do presidente na campanha: “Quando caiu a máscara dele, [e se viu] que ele estava lá para empurrar com a barriga, ganhar tempo para montar exatamente esse tipo de logística em benefício dessas grandes empresas, todo mundo caiu na real. Tanto que teve várias ameaças de paralisação e ele dizia que ia botar o exército na rua para desobstruir as estradas”, concluiu Crispim.
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