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Nova ameaça de controle dos combustíveis derruba Ibovespa: -0,8%

Queda do índice nesta terça (31) consolida recuo de 2,5% da bolsa brasileira em agosto

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Crédito: Mercado hoje

Ações da Petrobras (PETR3; PETR4) em queda livre – por conta da fala presidencial desastrosa, que insinua nova ameaça de controle de preços dos combustíveis – sem contar riscos fiscais persistentes, devido ao impasse da agenda econômica no Congresso, em meio ao embate entre poderes e a baixa, no exterior, da cotação das commodities, por novas investidas regulatórias do governo chinês naquele país.

Misto amargo – Sob esse misto de fatores negativos, o Ibovespa acabou fechando em queda de 0,8%, aos 118.781 pontos, acumulando, em agosto, recuo de 2,5% e volume financeiro negociado de R$ 38,573 bilhões. Já o dólar comercial apurou queda de 0,34% (R$ 5,171 na compra e a R$ 5,172 na venda), acumulando em agosto depreciação de 0,77% ante o real, enquanto o dólar futuro, com vencimento em setembro, fechou a sessão em baixa de 0,81% (a R$ 5,143).

‘Intervencionismo oportunista’ – “Trabalhar o preço dos combustíveis”, foi a senha de Bolsonaro para derrubar de vez as cotações da petroleira, num tom de ameaça velada para angariar apoio popular, ao mesmo tempo em que reedita o ‘oportunista’ intervencionismo estatal, avalia o sócio-fundador da Fatorial Investimentos, Jansen Costa, ao destacar, também, o impacto do pagamento dos precatórios sobre o teto de gastos.

Pro lado errado – Na contramão do mercado internacional. É assim que vê o desempenho da bolsa brasileira este mês, o economista-chefe da InvestSmart, Felipe Nascimento, ao lembrar que o Standard and Poors (S&P 500), que encerrou agosto em alta de quase 3%.

Bolada bilionária – Na avaliação de Nascimento, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022, enviado hoje pelo governo ao Congresso, veio muito mais leve, pois, não só mantém o teto de gastos, mas o valor do Bolsa Família, agora rebatizado de Auxílio Brasil, além de incorporar integralmente o montante a ser pago pelos precatórios, uma ‘bolada’ de R$ 89 bilhões.

Retirada europeia – Entre perdas e ganhos operavam as bolsas internacionais, em que pese a fala do integrante do Conselho Geral do Banco Central Europeu (BCE), Robert Holzmann, de que a instituição pode seguir o exemplo do Federal Reserve (Fed) americano e retirar, mesmo que gradualmente, o estímulo à economia realizado durante a pandemia, pois o foco, no momento, passaria a ser atingir, ‘de forma sustentável’, a meta de inflação de 2%. “Podemos pensar sobre como reduzir os programas especiais de pandemia”, completou Holzmann, também comanda o banco central da Áustria.

China esfria – Igualmente pesaram nos negócios externos o avanço regulatório chinês sobre setores de tecnologia, sem contar o desaquecimento econômico do gigante asiático, como atesta o recuo, de 53,3, em julho, para 47,5 este mês, do PMI oficial de serviços da China, enquanto o PMI Composto oficial (que abrange a atividade industrial e a de serviços), caiu a 48,9 em agosto, ante 52,4, no mês anterior.

Sem efeito – No plano doméstico, a reunião entre os presidentes da Câmara, Senado e Supremo, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux, respectivamente, para discutir o destino dos precatórios, não surtiu nenhum efeito prático, até agora, em que seus participantes se limitaram a reafirmar a proposta do presidente da Corte, de ‘limitar o crescimento da conta dos precatórios à inflação, seguindo a mesma dinâmica da regra do teto de gastos’, com a base de cálculo retroagindo a 2016, ano em que este passou a vigorar, sob orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Correios na fila – À saída do encontro, Pacheco manifestou a expectativa de que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprecie em setembro a proposta de privatização dos Correios, já aprovada pela Câmara. Uma vez sancionada pela CAE, o respectivo projeto vai direto para votação pelo plenário do Senado.

Desemprego recua – Na economia real, a boa notícia é o recuo da taxa de desemprego do país em junho, medida pelo IBGE, que ficou em 14,1%, pouco abaixo dos 14,4% projetados pela consultoria Refinitiv. De igual modo positivo foi a divulgação do déficit primário do mês passado, que ficou em R$ 10,28 bilhões, bem inferior aos R$ 81,70 apresentados em igual período de 2020.

BC tem êxito – Também nessa terça (31), o Banco Central (BC) teve êxito na venda integral de todos os 15 mil contratos em swap cambial ofertados em rolagem do vencimento de novembro. Enquanto isso, no mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu dois pontos-base a 6,74%; o DI para janeiro de 2023 subiu oito pontos-base a 8,48%; DI para janeiro de 2025, avançou 13 pontos-base a 9,53%, e o DI para janeiro de 2027 aumentou 16 pontos-base a 9,93%.

Ásia ‘descolada’ – Curioso foi o ‘descolamento’ das bolsas asiáticas, apesar dos dados que mostram desaceleração industrial da China. Na Europa, as bolsas da região operaram entre perdas e ganhos, depois que a inflação local bateu 3%, acima dos 2,7% estimados pelo mercado.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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