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Economia

Poupança digital da Caixa poderá ser novo meio de pagamento do Bolsa Família

Movimento deve impulsionar a bancarização no país e consolidar as operações digitais dao banco estatal.

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Auxílio Emergencial: inscrição será feita com cadastro antigo

O governo planeja a transição do cartão cidadão, meio de pagamento do Bolsa Família utilizado no momento, para a poupança digital da Caixa, que foi utilizada em 2o2o para recebimento do auxílio emergencial, uma iniciativa que deve impulsionar o movimento de bancarização no Brasil e consolidar as operações digitais da Caixa.

Além disso, a medida dará força a um ativo da Caixa que o banco pretende usar a seu favor em eventual abertura de capital das suas operações digitais.

A investida foi confirmada à Reuters por duas fontes ligadas ao assunto. A migração envolverá, de acordo com egundo documento interno do Ministério da Cidadania, prorrogação até abril de 2021 de um contrato assinado no passado entre as partes, ao custo de 210,9 milhões de reais, que representa mais de 10% a menos do que seria pago sem a nova opção.

A Caixa Econômica Federal propôs a cobrança de 1,89 real por crédito em poupança social digital, contra 2,1569 real que é cobrado atualmente para pagamento no cartão cidadão.

Mas o valor é maior do que 1,25 real cobrado pelo banco para créditos em outras modalidades de conta.

A definição do novo valor levou em conta características específicas do Bolsa Família e do seu público, que deve seguir buscando canais físicos para realizar saques, o que resultado em mais custos para o banco em termos de transporte de dinheiro e remuneração paga a loterias, apurou a Reuters.

Isso significa que, na prática, a poupança digital irá oferecer aos beneficiários serviços que já eram oferecidos para o cartão cidadão da Caixa, como saques no próprio banco, em agências lotéricas ou caixas eletrônicos.

Na partida, os usuários vão contar com os recursos do banco digital da Caixa, podendo realizar transações e pagamentos de contas pelo aplicativo Caixa TEM, em um conta que terá tarifa zero, e essa será a grande diferença.

“Muitos recebiam o Bolsa Família, mas não tinham conta em nenhum banco. Agora têm uma opção a mais. De graça. E quem usar o banco digital, será uma despesa menor para a Caixa e para o governo”, disse uma das fontes.

Corroborando com a visão, esta será a consolidação da bancarização de 35 milhões de brasileiros que ingressaram no mundo dos serviços bancários pela primeira vez neste ano, após serem aprovados para receber o auxílio emergencial durante a pandemia.

Ministério da Cidadania e Caixa não retornaram aos pedidos de comentários.

Listagem

O ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou em outubro que o governo quer listar na bolsa o braço digital desenhado para distribuir o auxílio emergencial. O alvo da oferta inicial de ações (IPO) será o Caixa Tem, aplicativo da Caixa para movimentação de benefícios.

A principal investida do governo para enfrentar a pandemia da Covid-19 tem sido paga somente pela Caixa desde abril. O auxílio emergencial vai até dezembro, e terá um custo total de 321,8 bilhões de reais para a União.

O plano é que a transferência do cartão cidadão para a poupança digital tenha início em dezembro e ocorra gradativamente até março.

O Ministério da Cidadania, após conversas com a Caixa, envio pedido de permissão ao Ministério da Economia para ampliação de vigência do contrato de pagamento do Bolsa Família por mais cinco meses, de 1º de dezembro a 30 de abril do ano que vem, visando colocar a mudança em prática.

Esse espaço de tempo foi definido com base no limite legal de 60 meses para o contrato, disse uma segunda fonte à Reuters.

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