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Santander aprova proposta de reorganização societária com cisão da Getnet

Trata-se de uma cisão parcial, a ser deliberada pelos acionistas em AGE

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Santander (SANB11) tem preço reduzido

O conselho de administração do Santander Brasil (SANB11) aprovou proposta de segregação da participação acionária detida pelo banco na subsidiária Getnet, conforme fato relevante encaminhado ao mercado na quinta-feira (25).

De acordo com o documento, trata-se de uma cisão parcial da instituição, a ser deliberada pelos seus acionistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE). A proposta também teve parecer favorável do Conselho Fiscal.

Santander aprova proposta de reorganização societária com cisão da Getnet

Edifício do Santander em São Paulo (SP)

Santander: gastos

Segundo o banco, é estimado que aproximadamente R$ 22 milhões serão gastos com a cisão, considerando as despesas com publicações, auditores independentes, avaliadores, advogados e demais profissionais contratados para a assessoria na reorganização.

A instituição financeira explicou ainda que na cisão serão entregues aos acionistas do Santander Brasil, conforme aplicável, ações ordinárias ou preferenciais de emissão da Getnet ou certificados de depósito de ações, sendo que cada certificado representa uma ação ON e uma ação PN da Getnet, à razão de 0,25 ação ON, PN ou Unit da Getnet, conforme o caso, para cada ação ON, PN ou Unit de emissão do Santander Brasil.

Santander: titulares

Os titulares das American Depositary Shares (ADS) do Santander Brasil receberão ADS de uma Unit da Getnet à uma razão de 0,25 ADS da Getnet para cada ADS do Santander.

Com o anúncio de cisão, a Getnet irá solicitar registro de companhia aberta (na categoria A) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sua listagem na B3, assim como a admissão à negociação de suas ações e units na B3. A empresa também solicitará o registro das ações e units à Securities and Exchange Comission (a CVM dos EUA) visando a negociação em Nasdaq.

4TRI20

O banco registrou lucro líquido de R$ 3,859 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma alta de 1,2% em relação aos três meses anteriores, quando o ganho havia ficado em R$ 3,811 bilhões. Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, ficou em R$ 3,958 bilhões nos últimos três meses do ano passado, segundo balanço divulgado pelo banco nesta quarta-feira (3).

No acumulado em 2020, o lucro líquido do Santander somou R$ 13,469 bilhões, queda de 5% na comparação com 2019 (R$ 14,181 bilhões). Já o lucro gerencial alcançou R$ 15,609 bilhões, alta de 7,3%.

A margem financeira bruta atingiu R$ 51,103 bilhões em 2020, crescimento de 6,6% em 12 meses, em função da boa performance da margem de produtos, por maiores volumes, e de mercado. Já em comparação com o terceiro trimestre, a margem financeira bruta caiu 0,3%, impactado pelo menor resultado de operações com mercado, sendo parcialmente compensado pela maior receita de margem com clientes.

Já a margem financeira líquida ficou em R$ 38,54 bilhões, alta de 7,6% em relação a 2019.

Crédito e inadimplência

A carteira de crédito cresceu 16,9% e alcançou R$ 411,65 bilhões ao final de 2020. Todos os segmentos registraram variação positiva no ano, sendo que os segmentos PMEs e grandes empresas tiveram as variações mais expressivas, 38,2% e 23,7%, respectivamente, relativas principalmente aos créditos de programas governamentais.

Em relação a setembro de 2020, a carteira de crédito registrou um crescimento de 3,6%. A carteira de pessoa física foi a maior contribuição no período, expansão de 5,6%, principalmente pela retomada do consumo.

O índice de inadimplência superior a 90 dias caiu 0,8 ponto percentual no ano e atingiu 2,1% em dezembro de 2020, menor patamar já registrado, segundo o Santander, devido à “melhoria do índice dos segmentos PF e PJ que ainda são influenciados, em parte, pelo efeito das prorrogações de pagamentos oferecidas aos clientes e pela qualidade de crescimento da carteira”.

Já o saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa somou R$ 25,067 bilhões em dezembro de 2020, alta de 17,1% em 12 meses, influenciado pela parcela de provisão adicional de R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre de 2020. Já a parcela de provisão requerida subiu 1,2% no ano, abaixo do crescimento da carteira de crédito. Em relação ao 3º trimestre, o saldo das provisões subiu 0,3%.

Prejuízo no resultado global

Em todo o mundo, o Santander anunciou prejuízo líquido de 8,771 bilhões de euros (US$ 10,5 bilhões) em 2020, devido a provisões e depreciações de ativos provocadas pela pandemia.

No quarto trimestre, o banco teve um lucro líquido de 277 milhões de euros, abaixo dos EUR 526 milhões projetados pelos analistas.

No segundo trimestre, durante a primeira onda de coronavírus na Europa, o Santander registrou o maior prejuízo líquido de sua história, 11,13 bilhões de euros.

Veja SANB11 na Bolsa:

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