Saques da poupança superam depósitos, pela 3ª vez, em outubro

Aplicação financeira mais popular do país, a caderneta de poupança registrou, pelo terceiro mês consecutivo, mais saques (R$ 285,5 bilhões) do que depósitos (R$ 278,1 bilhões) em outubro último, quando a saída líquida chegou a R$ 7,4 bilhões em outubro, ficando abaixo dos R$ 7,7 bilhões registrados no mês anterior, informou o Banco Central (BC) nessa sexta (5).

Saldo de R$ 1 tri – No acumulado do ano, os resgates na poupança também superam os aportes, em R$ 30,8 bilhões, montante superior aos R$ 23,3 bilhões, registrados em setembro, enquanto o saldo total aplicado atinge R$ 1,027 trilhão.

Retorno inferior – O desempenho negativo da poupança decorre, entre outros fatores, do agravamento da crise econômica – alta da inflação e dos juros, além de recuo do PIB – assim como pelo fato de a aplicação oferecer ao investidor retorno inferior às demais, em especial, num ambiente de escalada da taxa Selic, hoje no patamar de 7,75% ao ano.

Poupança x CDI – Apesar dessa ‘desvantagem’, as cadernetas renderam 0,36%, não muito longe do retorno de 0,49% oferecido pelo CDI – que referencia as aplicações de renda fixa. No acumulado do ano, a poupança alcança a 2,03% (ante 3,02% do CDI) e, em 12 meses, a 2,27%, enquanto o CDI variou 3,35%.

Duas remunerações – Desde 2012, a poupança possui duas formas de remuneração: quando a Selic é inferior menor que 8,5%, o rendimento é de 70% da Selic mais a variação da taxa referencial (TR) e quando a taxa básica está acima desse patamar, o retorno passa a ser de 0,5% ao mês mais a TR.