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Se Bitcoin quebrar, leva todo o mercado junto, diz especialista

A análise é assinada por Oliver Renick

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A tradicional publicação financeira Forbes trouxe em sua edição online brasileira uma análise sobre a atual conjuntura do mercado de Bitcoin, apostando que a maior criptomoeda do mercado pode “quebrar”.

A análise, assinada por Oliver Renick, começa dando duas opções para o futuro breve do Bitcoin:

“Só existem duas opções para a atual conjuntura do bitcoin: na primeira, os leilões do Tesouro norte-americano começam a falhar e os investidores, paralisados pelo medo de hiperinflação, se aglomeram no Bitcoin. Na segunda, a criptomoeda quebra.”

Para o colunista, a maior probabilidade para o Bitcoin é justamente quebrar:

“Meu palpite é que ele quebra, e explicarei o motivo adiante. Se isso acontecer é provável que seja reflexo de movimento de risco mais amplo, mas também um contribuinte para a volatilidade. Eis o motivo: o Bitcoin é, acima de tudo, um indicador do apetite por riscos do mercado.”

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Bitcoin

Renick acredita que há poucas chances do Bitcoin se firmar como uma reserva financeira “em um mundo com expectativas inflacionárias”, já que, segundo a sua análise, o dólar está “se fortalecendo porque os EUA está se recuperando mais rápido do que qualquer outro lugar”.

E ele vai além: ele diz que o Bitcoin apresenta um risco muito alto, com chances de sucesso muito baixas, funcionando mais como “indicador de sentimento”:

“Se as suas chances de sucesso não fossem tão baixas, os bitcoiners não esperariam recompensas tão altas. Por causa disso, a grande utilidade do Bitcoin para os investidores não é como um tipo de hedge (proteção), é como o indicador de sentimento mais puro da história. Ele quebra quando o momento está ruim, e sobe quando está bom. É o mais próximo possível de uma roleta no mundo dos investimentos que pode-se chegar. Ultimamente, o cassino quebrou e todos estão ganhando.”

O analista

O analista também compara o desempenho do Bitcoin com as ações, dizendo que a alta do BTC “não é muito diferente do que vimos com as ações, apenas com movimentos maiores por causa de sua natureza arriscada”. E traça um panorama para o caso de sua profecia se confirmar:

“Se o Bitcoin quebrar, isso significa que o sentimento de risco está se perdendo, e um mercado de ações que está saindo de seus níveis mais superficiais da história não pode se permitir isso. Basta olhar para o que já acontece quando os rendimentos do Tesouro aumentam: os futuros do Nasdaq cedem e as ações de crescimento mais populares, como a Tesla, estão tecnicamente em um mercado de urso.”

Cripto

Para ele, uma quebra do Bitcoin nos níveis atuais seria “devastadora” para a criptomoeda, pois ocorreria “justamente quando a criptomoeda deve começar a ter desempenho superior ao das ações”. O analista também acredita que uma correção severa do Bitcoin vai levar muitos investidores a abandonarem o barco:

“O Bitcoin não tem uma boa desculpa para estar altamente correlacionado com ações desta vez. Os recém-chegados e os investidores tradicionais que compraram o Bitcoin no ano passado não vão tolerar muita desvalorização se isto estiver acontecendo quando não deveria. O que estou dizendo é que, se o Bitcoin quebrar, será efetivamente um grande sinal vermelho para todos os outros ativos de risco.”

Mercado de ações

Mas a queda do Bitcoin também pode afetar o mercado de ações, já que o mercado cripto já reúne US$ 1,6 trilhão em capitalização, com um histórico de vendas importante:

“Imagine se a Microsoft caísse 20% em uma semana. Isso terá um efeito cascata nas ações, porque as pessoas cuja riqueza está vinculada às criptomoedas são a elite tecnológica, cujo dinheiro deriva principalmente das ações das empresas que possuem. Também são os varejistas que têm desempenhado um papel fundamental no rali da Covid-19. Essa é a alavanca do mercado de hoje. Uma explosão no bitcoin provavelmente forçaria uma grande venda simultânea das ações mais lucrativas da década passada.”

Ele então lista três razões para a quebra do Bitcoin no curto prazo: a “dificuldade” do Bitcoin em permanecer “acima do nível mínimo” nas últimas semanas, uma suposta “tendência de alta” para o dólar neste ano e a suposta saída de pequenos investidores do mercado de Bitcoin. Ele concluiu o texto com um ditado:

“O velho ditado diz que eles não tocam o sino no topo. Acho que temos um sino desta vez. E o bitcoin parece pronto para tocar.”

Para além dos exercícios de futurologia, uma série de analistas vai na direção oposta ao colunista da Forbes, colocando a bolha prestes a estourar no colo do mercado financeiro tradicional. Somente neste ano, grandes players na China e nos Estados Unidos – entre eles o prestigiado Bank of America – já anunciaram que o mercado de ações é “uma bolha prestes a estourar” e que o Bitcoin pode ser apenas a agulha deste processo.

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