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Economia

Setor de serviços no Brasil avança pelo 2º mês em outubro e otimismo cresce, mostra PMI

PMI de serviços do país saltou a 52,3 em outubro, de 50,4 em setembro.

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A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgada nesta quinta-feira pelo IHS Markit mostrou que a atividade do setor de serviços no Brasil avançou pelo segundo mês consecutivo em outubro em meio à flexibilizarão das restrições para conter a Covid-19, com o otimismo atingindo seu pico desde fevereiro, antes da pandemia.

O PMI de serviços do país saltou a 52,3 em outubro, de 50,4 em setembro, seguindo com a recuperação das contrações registradas entre março e agosto devido à pandemia. Uma leitura acima de 50 indica crescimento.

“Os resultados de outubro da pesquisa PMI no setor de serviços para o Brasil indicam uma economia em recuperação, com crescimento da atividade pelo segundo mês consecutivo após as contrações mobilizadas pela Covid-19 de março a agosto”, disse a diretora econômica Pollyanna De Lima, do IHS Markit.

“As empresas observaram um aumento na demanda pelos serviços, que elas atribuem ao relaxamento das restrições associadas à Covid-19, à reabertura de alguns negócios, ao aumento do turismo local e da confiança dos clientes”, acrescentou.

O volume de novos pedidos crescer pelo terceiro mês seguido em outubro, no ritmo mais acelerado desde janeiro. Mas as empresas ainda observaram uma maior queda da demanda externa por serviços, mais forte do que no mês anterior.

Embora a demanda geral tenha expandido, houve redução no índice de empregos, com os entrevistados apontando como causas tentativas de reestruturação, ações de corte de custos e a pandemia. Mesmo assim, a taxa de reduções foi a mais lenta no atual cenário de oito meses de perdas de empregos.

Também houve aumento nas despesas operacionais no mês passado, em meio a preços mais altos de alimentos, combustível, equipamentos de proteção individual e produtos de higiene, afirmaram os  prestadores de serviços.

De acordo com o IHS Markit, algumas empresas elevaram seus preços em outubro, repassando o aumento dos custos aos clientes. Em contrapartida, outras ofereceram descontos tentando estimular a demanda diante do ambiente competitivo. O resultado foi a manutenção dos preços de venda médios, que deu fim a seis meses consecutivos de reduções.

O grau de otimismo sobre a produção futura, por sua vez, atingiu no mês passado seu nível mais alta desde fevereiro, ainda que tenha continuado abaixo da média histórica. A leitura reflete a esperança de chegada de uma vacina para a Covid-19 nos próximos meses, além de previsões de relaxamento das medidas de isolamento.

O crescimento do setor industrial brasileiro em outubro ganhou impulso e renovou a máxima recorde, o que, junto ao resultado de serviços, levou o PMI Composto do país a avançar de 53,6 em setembro para 55,9 em outubro, a elevação mais acelerada na atividade do setor privado do Brasil em mais de dez anos.

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