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Investimentos

Taxa zero, cashback e outros recursos atraem novos investidores

Ferramentas têm sido aplicadas para convencer clientes conservadores a ousarem nas aplicações financeiras.

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Este ano trouxe várias mudanças no setor financeiro, inclusive na forma de investir. A queda da taxa básica de juros, Selic, para a mínima histórica de 2% ao ano fez com que a rentabilidade da renda fixa deixasse de ser atrativa. Dessa forma, na necessidade de diversificação da carteira de investimentos, as corretoras criaram produtos que contemplam os novos investidores – não familiares com ativos menos conservadores. 

Isso pode ser observado pelo boom de contas digitais, isentas de anuidade e com serviços online descomplicados. As inovações acarretaram na onda de “zeragem” de cobrança por corretagem. Também, os fundos dispararam, se consagrando como excelentes opções aos novos investidores, oferecendo um mix de ativos montado pelas gestoras e disponibilizados como pacote fechado ao cliente.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), 2.294 fundos foram criados entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, com avanço de aproximadamente 12%. A quantidade de contas atreladas aos fundos no período é ainda mais significativa: 3,9 milhões, um aumento de 15,6%.

Embora exista progresso, os especialistas avaliam que ainda há muita lacuna no país para atrair investidores que estão com recursos na poupança, mesmo que com rendimento abaixo da inflação. Para persuadi-los a aplicarem na renda variável, as instituições estão se empenhando nas consultorias. Nos Estados Unidos e Reino Unido, os consultores de investimento já são consolidados, denominados como Registered Investment Advisor (RIA).

Entre as ofertas oferecidas pelas instituições financeiras, em 27 de novembro, o Banco Itaú anunciou uma assessoria de investimentos para todos clientes. A Guide Investimentos lançou o produto Conta Guia, com opções de alocação de recursos conforme o intuito do investidor, além de assessoria pelo telefone e chat. 

Será cobrada uma taxa entre 0,20% a 0,70% ao ano sobre as aplicações do cliente, no produto Conta Guia. A tarifa poderá ser reduzida em até 40%, por meio do programa de cashback. “Muitas vezes vamos trazer mais valor a esse cliente dando serviço simples e de qualidade do que oferecendo corretagem zero”, ressalta o diretor de relação com o consumidor da Guide Investimentos, Felipe Steinfeld.

Fundada há três anos, a corretora Warren já foi concebida com o modelo de negócios revolucionário, o de taxar apenas um percentual sobre o patrimônio investido pelo cliente, hoje entre 0,5% e 0,7% ao ano, e oferecer consultoria sobre como aplicar mesmo para clientes do varejo. O segmento tem sido bem sucedido.

“Nosso objetivo é que o cliente fique conosco nos próximos 50 ou 100 anos. Buscamos trabalhar o crescimento dele com base em planejamento e educação financeira”, frisa o chefe de produtos da Warren, Bruno Panerai.

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