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Economia

Unica vê oferta de CBios ultrapassar 18 mi em 2020

Dados da B3 mostram que 8,6 milhões de CBios foram adquiridos por distribuidoras até o momento.

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A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estimou nesta segunda-feira que a oferta de créditos de descarbonização (CBios) para distribuidoras de combustíveis neste ano deverá ultrapassar os 18 milhões de títulos, superando a meta obrigatória de comercialização determinada pelo programa RenovaBio.

A projeção foi feita com base cálculos que consideram o volume de etanol certificado que deve ser vendido nas próximas semanas.

A meta estabelecida pelo RenovaBio para as compras obrigatórias pelas distribuidoras de combustíveis atinge 14,9 milhões de CBios, levando em conta o total de 2020 (14,5 milhões) e parte da meta do ano passado.

O RenovaBio teve seus objetivos originais de 2020 cortados pela metade pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) devido aos impactos da pandemia sobre o segmento de distribuição de combustíveis.

Dados da B3 mostram que 8,6 milhões de CBios foram adquiridos por distribuidoras até agora, e que outros 6,3 milhões de títulos estão disponíveis no mercado, disse a Unica.

“O fato de o RenovaBio estar sendo bem-sucedido em um ano como este comprova o comprometimento dos produtores de biocombustíveis e do governo federal com a descarbonização e o combate às mudanças climáticas”, disse Evandro Gussi, presidente da Unica.

O executivo destacou a readequação das metas anuais com positivas, apontando a “nova realidade trazida pela pandemia”.

O programa alcançou no dia a marca de 15 milhões de créditos validados, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reportava que as compras pelas partes obrigadas a cumprir metas individuais totalizava 8,3 milhões de CBios.

O RenovaBio, que tem como objetivo absorver parte das metas de redução de gases de efeito estufa definidas para o Brasil pelo Acordo de Paris, recentemente foi alvo de uma disputa na justiça.

Há algumas semanas, distribuidoras de combustíveis foram à Justiça para pedir um corte em suas metas metas já reduzidas para 2020, ou 25% do total planejado no início deste ano, argumentando que houve um salto nos preços dos créditos e que os produtores estariam segurando as vendas.

Uma liminar foi concedida em favor das companhias, mas em seguida foi cassada pela ANP.

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