Economia
10 cidades com os maiores PIBs do Brasil: veja o ranking
De alguns anos para cá, muitas cidades se destacaram em crescimento econômico.
A economia brasileira é fortemente concentrada em algumas poucas cidades que lideram o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, apenas 11 municípios são responsáveis por quase um quarto do PIB do Brasil.
Enquanto os primeiros colocados podem não surpreender — como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília — o que chama a atenção é o movimento de ascensão de cidades como Osasco e, especialmente, Maricá, que ocupa o oitavo lugar no ranking, após saltar da 26ª posição em 2020.
10 das cidades com maiores PIBs no Brasil
Confira abaixo as 10 cidades com maior participação no PIB brasileiro:
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São Paulo (SP): R$ 828,9 bilhões (9,20% do PIB nacional);
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Rio de Janeiro (RJ): R$ 359,6 bilhões (3,99%);
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Brasília (DF): R$ 286,9 bilhões (3,18%);
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Belo Horizonte (MG): R$ 105,8 bilhões (1,18%);
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Manaus (AM): R$ 103,2 bilhões (1,15%);
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Curitiba (PR): R$ 98 bilhões (1,09%);
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Osasco (SP): R$ 86,1 bilhões (0,96%);
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Maricá (RJ): R$ 85,1 bilhões (0,94%);
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Porto Alegre (RS): R$ 81,5 bilhões (0,91%);
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Guarulhos (SP): R$ 77,3 bilhões (0,86%).
São Paulo continua a liderar o ranking de cidades mais ricas do país – Imagem: reprodução
A dominância de São Paulo e o impacto dos serviços
São Paulo mantém sua posição como a cidade com a maior economia do Brasil, contribuindo com mais de 9% do PIB nacional.
Tal dominância se deve à forte presença de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, além de ser um importante centro de negócios no país.
O Rio de Janeiro, apesar de ocupar a segunda posição, enfrenta desafios relacionados à queda na participação de atividades profissionais e administrativas.
Brasília, em terceiro lugar, também viu sua participação no PIB diminuir devido à desaceleração da administração pública, que representa um grande peso na economia local.
O destaque mais surpreendente do ranking é Maricá, no estado do Rio de Janeiro, que saltou da 26ª posição em 2020 para a 8ª em 2021, em um dos crescimentos mais impressionantes da história recente.
Em 2002, Maricá sequer figurava entre as grandes economias do Brasil, ocupando o distante 354º lugar. Esse crescimento meteórico é explicado principalmente pela extração de petróleo e gás na região.
Em 2021, essa mesma cidade recebeu R$ 1,33 bilhão em royalties e mais R$ 1,55 bilhão como participação especial paga pelas concessionárias de exploração de petróleo e gás natural. Tais valores robustos impulsionaram a economia local, transformando o município em um dos mais ricos do país.
Outro caso notável é o de Osasco, na Grande São Paulo. A cidade subiu de 16ª para 7ª maior economia do país em menos de uma década.
Isso se deve à instalação de grandes empresas de tecnologia, como Mercado Livre e Uber, que escolheram Osasco como sede devido à infraestrutura favorável e localização estratégica. Essa transformação fez da cidade um novo polo econômico no estado.
Entre as 185 concentrações urbanas analisadas pelo IBGE, 132 municípios perderam participação no PIB, enquanto 53 conseguiram aumentar sua representatividade entre 2020 e 2021.
Essa tendência de desconcentração econômica reflete uma recuperação das capitais e grandes centros que foram duramente atingidos pela pandemia de Covid-19, especialmente devido à dependência de serviços presenciais.
Mesmo com o crescimento nominal dessas cidades em 2021, muitas ainda não recuperaram totalmente o patamar de participação no PIB que tinham em 2019.
Esses movimentos indicam que, além das grandes metrópoles, novas áreas estão se consolidando como motores econômicos do Brasil, oferecendo um panorama mais diversificado para o futuro do país.
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