Finanças
85% das famílias brasileiras enfrentam dificuldades para comprar materiais escolares
Ranking regional de gastos com material escolar indica desigualdades no Brasil.
Uma recente pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com a QuestionPro revelou a dimensão do impacto financeiro dos materiais escolares no Brasil.
Realizada com 1.461 participantes, entre 2 e 4 de dezembro de 2024, o estudo evidencia que 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar sentem o peso de tais gastos em seus orçamentos.
Atualmente, os brasileiros investem cerca de R$ 49,3 bilhões por ano na aquisição de livros e materiais escolares. Tal valor representa um expressivo crescimento de 43,7% em comparação aos últimos quatro anos, o que indica a crescente importância econômica desse setor.
Material escolar é uma despesa impactante todo começo de ano – Imagem: The Design Lady/Unsplash
Desigualdade regional e classes sociais
Em termos de classes sociais, as classes B e C são as principais responsáveis pelo consumo, com gastos anuais estimados em R$ 20,3 bilhões e R$ 17,3 bilhões, respectivamente.
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, ressalta que a classe média, especialmente, enfrenta desafios maiores para manter os filhos em escolas particulares.
Veja a seguir o ranking de consumo anual em materiais escolares, conforme cada região do país:
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Sudeste: R$ 23,2 bilhões;
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Nordeste: R$ 13,8 bilhões;
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Sul: R$ 6,1 bilhões;
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Centro-Oeste: R$ 4 bilhões;
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Norte: R$ 2,6 bilhões.
Planejamento e preferências de compra
A pesquisa também destacou que 90% dos brasileiros já se preparam para a compra de materiais escolares.
Entre os responsáveis por alunos de escolas particulares, essa porcentagem sobe para 96%, enquanto para aqueles de escolas públicas, o número é de 90%.
Confira também as Intenções de compra para 2025:
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87% das famílias planejam adquirir materiais escolares;
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72% pretendem comprar uniformes;
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71% visam adquirir livros didáticos.
Quanto à forma de pagamento, a pesquisa indica que 65% dos consumidores preferem pagar à vista. No entanto, cerca de um terço costuma optar pelo parcelamento.
O pagamento à vista é mais frequente entre as classes A e B (71%), enquanto a classe C mostra maior adesão ao parcelamento, com 39% dos entrevistados.
Os dados apresentados reforçam a necessidade de políticas públicas que minimizem o impacto financeiro dos materiais escolares, a fim de garantir, assim, o acesso à educação de qualidade para todos os brasileiros.
Tal cenário revela a importância de um planejamento financeiro adequado e alternativas de pagamento que atendam às diferentes realidades econômicas das famílias brasileiras.
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