Criptomoedas
Golpe do Tinder faz usuária perder cerca de 60 mil reais
Mulher de 41 anos, em entrevista contou sobre golpe que levou após conhecer um homem que dizia entender sobre criptomoedas. Entenda!
A delegacia de crimes cibernéticos, no centro de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência sobre um golpe que teria levado uma usuária do Tinder a perder 60 mil reais em criptomoedas.
Veja também: Investimentos em criptomedas: como fazer
Em entrevista à Folha de São Paulo, Aline Fernandes dos Santos, 41 anos, conta que, após terminar um casamento de 20 anos, conheceu um homem de 33 anos chamado Jack, que dizia morar em Londres e ser investidor, no aplicativo de relacionamento. A vítima ressalta como tudo era muito convincente, exemplificando sobre o número do Whatsapp dele ser +44 (código de área do Reino Unido).
Logo nas primeiras conversas (em inglês) Jack teria manipulado falando sobre a agitação do mercado e explicando com bastante domínio sobre investimentos em criptomoedas.
“Eu tinha curiosidade, mas não sabia operar ações, quanto mais criptomoedas. Ele explicou como funcionava e disse que me ensinaria se eu quisesse. Aí as explicações vieram corretas, eu chequei, e decidi fazer um aporte”, conta Aline para a Folha.
Assim, usou o dinheiro da venda do apartamento que morava com seu ex-marido e fez sua primeira aplicação (como orientado por Jack) na Crypto.com, uma corretora internacional certificada e bem conhecida.
O investimento de US$1.000, de fato, rendeu dando segurança para Aline confiar que Jack tinha realmente boas intenções. “É aí que está o pulo do gato, ele te ensina a investir numa corretora idônea, que existe, e não pede seus dados, sua senha, ele só vai orientando”, explicou.
O problema começou quando, depois de ter conquistado sua confiança e seus sentimentos com inúmeras declarações e promessas, o golpista sugeriu a Aline mudar de corretora para uma ‘’mais rentável”.
Aline fez como orientado, sem checar a procedência na Internet e transferiu a quantia para uma corretora chamada BTX Exchange, que se tratava de uma corretora fraudulenta que oferecia o investimento em criptomoedas (moedas fictícias) e não tinha nenhuma empresa vinculada a ela.
Quando a aplicação chegou a uma quantia de US$ 47 mil e Aline quis resgatá-la, o site congelou sua aplicação forçando-a pagar taxas absurdas. Desesperada, Jack a confortou sendo prestativo, entretanto, a mulher ficou desconfiada com repetidas desculpas de nunca poder vê-la pessoalmente e nem por vídeo, além disso, recorreu à polícia.
O golpista inventou uma briga, a bloqueou e sumiu. Provavelmente, o link que ela clicou ao baixar o app da BTX era uma carteira de criptomoeda dele, tornando muito difícil de rastrear.
O Tinder afirma abominar esse tipo de golpe e faz um apelo a seus usuários quanto a verificação dos perfis e sempre desconfiar quando a relação for constantemente direcionada para temáticas de ‘‘dinheiro’’.
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