Economia
Funcionários dos Correios voltam a participar dos lucros da empresa
O ano de 2021 foi um marco para os Correios. A empresa teve um ótimo desempenho, chegando a lucrar R$ 3,7 bilhões.
Depois de todas as histórias que rondaram as agências dos Correios por alguns anos com a possibilidade de privatização – ideia que já foi descartada pelo governo em 2022 -, está sendo negociado um novo acordo mais atrativo para os trabalhadores dessa área.
Em 20 de março de 1969 foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que desde então vem sendo a maior agência de entregas do Brasil. Inclusive, em algumas regiões, ela é a única que promove o serviço, pois em 2021 chegou à marca de abranger 5.561 municípios brasileiros, o que nenhuma outra empresa conseguiu, ou pelo menos não se tem registrado.
Com a criação da empresa, mudou-se todo o modelo postal do Brasil e foi criado o Código de Endereçamento Postal (CEP), que foi algo inovador para época, em que havia um novo centro de triagem eletrônica, funcionamento dia e noite e a cada dia novas agências eram criadas. Apesar de toda evolução, só em 1977 a agência se tornou informatizada e financeiramente independente.
O ano de 2021 foi um marco para os Correios. Segundo Floriano Peixoto, presidente da instituição, a empresa teve um ótimo desempenho, chegando a lucrar R$ 3,7 bilhões, o que representa o melhor resultado financeiro dos últimos 22 anos.
Graças a esse feito, foi discutido e negociado no novo acordo salarial da categoria, sendo que agora a empresa dividirá a participação dos lucros com seus trabalhadores. Além disso, mais de 90 mil funcionários tiveram a reposição total de seus salários em suas funções e seus benefícios.
O acordo tinha como objetivo equiparar os salários dos funcionários que foram defasados com a inflação. Segundo Peixoto, “isso representa uma cristalização de uma condição de sustentabilidade financeira alcançada por nossa gestão desde 2019 e que hoje nossa empresa é capaz de retribuir todo o comprometimento e esforço da nossa força de trabalho que é o nosso bem maior. Assim sendo, depois de 10 anos nós pagamos dividendo ao Tesouro Nacional e nada mais justo do que estender aos nossos empregados um reconhecimento, até uma destinação constitucional de levar para todos os 90 mil empregados o pagamento da participação nos lucros e resultados. Isso é muito significativo”.
O texto, que já foi aprovado pelos funcionários e pela diretoria (o que já era de se esperar, pois o benefício não é algo novo) é apenas uma restituição de algo que eles já possuíam e entrará em vigor a partir dos reajustes de salários, pagamentos de funções e benefícios. Peixoto também afirma que todos os funcionários vêm trabalhando para o melhor desempenho da empresa e sempre buscando melhores resultados.
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