Economia
Cartões de fintechs agora terão tarifa de intercâmbio; confira as mudanças
A tarifa de intercâmbio (TIC) de cartões emitidos por fintechs recebeu um limite máximo do Banco Central. Acompanhe aqui essa mudança!
A tarifa de intercâmbio (TIC) de cartões emitidos por fintechs recebeu um limite máximo nesta segunda-feira (26/9) após a publicação de uma resolução pelo Banco Central. A decisão pode interferir na escolha entre bancos tradicionais e fintechs a partir de agora.
O que é a tarifa de intercâmbio?
Mais conhecida como TIC, a tarifa de intercâmbio é a taxa que as bandeiras dos cartões pagam para os emissores. Enquanto os bancos tradicionais continuam com uma taxa de 0,5%, os cartões de fintechs passam a ter uma TIC de 0,7%.
Essa decisão foi tomada devido ao fato de as fintechs emitirem cartões pré-pagos, não cartões de débito. Por mais que a utilização seja parecida, a regulação de cada um é diferente.
A medida passa a valer em abril do próximo ano e, antes da regulação publicada pelo Banco Central, as fintechs não contavam com um limite de TIC.
O Banco Central emitiu uma nota que menciona a diferença entre os cartões pré-pagos e os cartões de crédito reconhecendo a importância do primeiro para a parcela da população que possui menor renda.
“A redução da TIC, aliada à grande concorrência no mercado de pagamentos, tem o potencial de diminuir custos para o comerciante na aceitação de cartões, dando-lhe condições de repassar essa economia para o preço final de seus produtos”, disse o Banco Central.
O que as fintechs acham dessa novidade?
Essa resolução chegou a passar por consulta pública e, durante o processo, as fintechs foram contra o estabelecimento desse teto. Segundo elas, o teto para cartões pré-pagos levantaria um custo de R$ 24 bilhões em tarifas, o que acabaria prejudicando esse modelo de negócio.
Já os bancos tradicionais fizeram pressão para que a medida fosse aprovada, pois, segundo eles, isso traria mais igualdade ao mercado, ainda mais neste momento, em que as fintechs estão aumentando a criação desse tipo de conta digital.
Um comunicado do Nubank mostrou que, até 30 de junho deste ano, as TIC de cartões pré-pagos foram de 7% de sua receita. Caso a mudança já estivesse valendo, a receita seria afetada em 2,9%.
Como a medida só entra em vigor no ano que vem, teremos que esperar para saber o resultado para saber como isso afetará os bancos, os comerciantes e os clientes.
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