China mantém cota de importação de milho e trigo para 2021

A China fixou sua cota para importações sob tarifas mais baixas de trigo, milho e arroz em 2021 nesta quinta-feira, mantendo-a nos mesmos níveis dos últimos anos.

Segundo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a Cota da Taxa Tarifária (TRQ) para as importações de trigo em 2021 foi estabelecida em 9,636 milhões de toneladas, sendo 90% dela para empresas estatais.

O movimento ocorre em um cenário em que os chineses vêm aumentando os volumes de importação de milho e de trigo dos Estados Unidos.

Para o milho, a cota de importação em 2021 foi definida em 7,2 milhões de toneladas, sendo 60% destinadas a empresas estatais. Já a cota de arroz foi estabelecida em 5,32 milhões de toneladas, segundo dados da comissão.

A China também estabeleceu a cota de algodão no mesmo volume dos anos anteriores, em 894 mil toneladas.

O país asiático tem uma meta de autossuficiência de 95% para seu consumo de arroz, milho e trigo, mas permite um certo volume de importações por meio do sistema TRQ, sob o qual os importadores podem comprar volumes especificados com tarifas de até 1%, ante 65% sem as cotas.

O principal mercado agrícola do mundo vem aumentando suas compras de grãos neste ano e a expectativa é de que use, pela primeira vez, a totalidade de suas cotas anuais de milho e trigo.

“As cotas para importação de grãos não vão mudar”, informou uma fonte, acrescentando que “pode haver permissão especial (para importações extras)”.