Política
Auxílio Brasil pode ser dobrado em 2023, segundo as propostas de Lula
Além de aumentar o valor, Lula pretende voltar com o Bolsa Família, que foi substituído por Bolsonaro. Veja como se fará.
Após ser eleito, o novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que retomará o Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil no governo Bolsonaro. Além disso, o valor pago aos beneficiários a partir do próximo ano pode chegar ao dobro do valor original do Auxílio Brasil.
Isso porque, durante a campanha, Lula prometeu acrescentar R$ 150 para cada filho menor de seis anos de idade nas famílias inscritas no programa. Isso quer dizer que, se uma família contar com três crianças nessa faixa etária, receberá mais R$ 450 mensais.
Considerando que o benefício se mantenha em R$ 400, esse valor já seria o dobro pago originalmente pelo Auxílio Brasil. No entanto, Lula também prometeu manter o valor em R$ 600, que é o valor recebido atualmente pelos beneficiários, devido a uma PEC aprovada pelo congresso, que tem validade até dezembro deste ano.
Essa proposta tem animado muito as famílias que recebem o auxílio, porém a mudança ainda não é concreta, já que o teto de gastos precisa ser estudado, pois não comporta esse aumento no momento.
Uma das opções que está sendo levantada é de um acréscimo de R$ 150 por família que tiver crianças pequenas, não por criança, como já era imaginado. Mas essa especulação não foi confirmada pela equipe de transição do Lula, que ainda estuda os melhores cenários para oferecer este aumento.
Foi criada então a PEC da Transição, que visa tirar estas despesas do teto de gastos, para que assim possa conceder o aumento necessário aos beneficiários. Para que isso aconteça, pelo menos três quintos de cada casa do Congresso precisam votar a favor.
Quem está no comando da equipe de transição é o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Marcelo Castro, que é o relator-geral do Orçamento, acredita que a aprovação deve ser feita com facilidade.
“Acho que passa tranquilamente, e vou fazer uma previsão aqui: essa PEC vai ser aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado. Imagine um representante do povo, um deputado ou senador votar para tirar das pessoas que estão recebendo R$ 600 e tirar R$ 200?”, disse ele.
Tudo dependerá dessa votação. Se não aprovada, o novo governo precisará de mais um tempo para rever os gastos e achar outra forma de manter o valor.
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