Especialista afirma que IPVA em 2023 pode ser ainda mais caro

A alta dos veículos automotores que vem acontecendo desde 2021 refletiu no Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) com 22% do aumento neste ano. Para 2023, especialistas apontam que o valor do imposto também irá aumentar de uma forma significativa.

De acordo com o CBO e sócio da Zapay, Victor Mahon, os valores dos veículos não subiram tanto em 2022 comparado ao ano de 2021:

“No ano de 2022, os veículos em geral subiram menos do que em 2021. Logo, o IPVA também vai aumentar um pouco menos. Porém, isso não quer dizer que o imposto não vai pesar no bolso. Podemos esperar que este ano o IPVA tenha um acréscimo médio da ordem de 10%, o que é muito pesado para a conjuntura atual de alto endividamento das famílias”, apontou o especialista.

Esta é uma previsão por parte de um especialista do setor, pois o valor que deverá ser pago junto ao calendário de pagamentos do IPVA ainda será divulgado este ano. No estado de São Paulo, a Secretaria da Fazenda e Planejamento é o órgão responsável para que o calendário e o valor do pagamento sejam divulgados.

Como é calculado o IPVA?

O IPVA considera a tabela Fipe como base para o cálculo, que é justamente uma criação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) que compara as médias de cada veículo. O valor do imposto vai considerar o que consta na tabela no mês de setembro do ano anterior.

No estado de São Paulo, o valor venal poderá variar entre 1% e 4%, dependendo de qual categoria o veículo vai se encaixar:

• Veículos destinados à locação, de propriedade de empresas locadoras – 1,0%
• Caminhões – 1,5%
• Ônibus e micro-ônibus – 2,0%
• Caminhonetes cabine simples (capacidade até 3 passageiros) – 2,0%
• Motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e quadriciclos – 2,0%
• Demais veículos, inclusive automóveis de passeio tipo “flex” – 4,0%

Para este ano, o estado de São Paulo autorizou o pagamento do IPVA em até cinco vezes e, quem decidiu quitar o imposto à vista teve o desconto de 9%. O valores vão depender da proposta de cada estado.