Bancos
Mais um brasileiro é eleito para cargo importante em banco internacional
Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, é o novo presidente do Conselho Consultivo das Américas do Banco de Compensações Internacionais
No último domingo (20), o economista Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central (BC), foi eleito novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Assim, é a primeira vez que um brasileiro ocupará cargo tão prestigioso, sendo a conquista bastante celebrada no meio. Mal terminou o furor pelo feito e o Brasil tem um novo motivo para comemorar, desta vez envolvendo o nome do atual presidente do BC.
Roberto Campos Neto será o novo presidente do Conselho Consultivo das Américas (CCA) do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements, BIS) a partir de janeiro de 2023. O conselho de diretores do banco escolheu seu nome para um mandato de dois anos. Dessa forma, ele vai substituir nada mais nada menos do que John Williams, presidente do Federal Reserve, o poderoso banco central dos EUA.
O Conselho tem a participação de presidentes dos bancos centrais da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, EUA, México e Peru. A instituição cujo órgão Campos Neto presidirá tem sede na Suíça e possui alguns propósitos. Entre eles, o mais importante é integrar os bancos centrais a partir de projetos colaborativos, além de promover estudos sobre políticas que visem a estabilidade monetária e financeira dos países associados.
A instituição também é responsável por cuidar de documentos, estatísticas e outros materiais que tratam da situação financeira mundial. Além disso, embora o CCA seja focado em uma região, o BIS reúne 55 bancos centrais de todo o mundo. Campos Neto recebeu indicação à presidência do BC em 2019 e seu mandato tem vigência até 2024.
Foi sob a gestão de Campos Neto à frente do BC que o Pix, que permite pagamentos instantâneos, acabou implementado. A princípio, o projeto teve desenvolvimento anterior, mas ganhou prioridade em sua administração. No momento, o Banco Central também cuida de um projeto para fundar o Real digital, uma versão virtual da moeda nacional. Nesse sentido, tais realizações contribuíram para elevar sua popularidade no cenário internacional.
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