Pedágio por quilômetro rodado está mais perto de ser implementado

Em 2021, foi sancionado um projeto onde o pedágio se daria por quilômetro rodado. Estamos nos referindo ao famoso Free Flow. A questão é que mesmo agradando a muitos motoristas, a ideia ainda não foi implementada.

Para tentar trazê-la para a realidade, foi disponibilizada uma consulta pública online na qual a população pode contribuir com a proposta. O levantamento acontece no site do Ministério da Infraestrutura. Após finalizado, tudo será encaminhado para o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em uma próxima reunião.

Pedágio: funcionamento do free flow

A reunião teve uma data confirmada; porém, de acordo com o ministério, este é o primeiro passo para que o projeto seja posto em prática logo. Dessa forma, o Contran pode decidir qual tecnologia será utilizada para taxar estes veículos. Este modelo de pedágio faz a cobrança de acordo com os quilômetros rodados.

Isto é, motorista só pagará pela distância percorrida. Isso pode melhorar a vida dos viajantes, já que eles não teriam que fazer paradas em pedágios para o pagamento. Quem precisa cobrar este valor é que fica com a dificuldade, pois o conselho ainda não sabe que tecnologia utilizar para marcar com precisão essa quilometragem.

Esse modelo de pedágio está parado desde junho de 2021, quando a lei 14.157 foi sancionada pelo atual presidente Jair Bolsonaro. O projeto prevê acabar com as praças de pedágio nas rodovias, mas não indica como isso deve acontecer.

Algo pensado para este novo modelo seria um adesivo eletrônico ou alguma tag que permitisse a passagem do motorista com um sistema similar ao já visto nos pedágios de pagamento automático. O desafio é implementar uma maneira de marcar apenas a distância que o motorista percorreu até chegar ao ponto de pagamento.

Isso é preciso ser garantido, já que esta é a maior vantagem do projeto.

Outra coisa que precisa ser feita para o plano dar certo é a instalação de alguma tecnologia em todos os veículos, pois com o fim das praças de pedágio, também seria o fim da identificação humana para quem não tem adesivos ou tags.

Um grande investimento em sensores e câmeras seria necessário para ideia ter êxito, porém os locais onde estes recursos serão instalados ainda não foram decididos.

Uma outra definição que precisa ser feita é o que acontecerá com os motoristas que se recusarem a aderir à nova tecnologia e consequentemente não fizerem o pagamento do pedágio. Mais de 20 países ao redor do mundo já usam uma tecnologia desse tipo. Ela se mostra bem-sucedida na maioria deles.

Na América Latina, apenas o Chile conta com o Free Flow.